EUA e do Japão fazem maior manobra militar conjunta da história
O Japão e os Estados Unidos começaram nesta sexta-feira (3) suas maiores manobras militares conjuntas da história, com a Coreia do Sul como observadora, poucos dias depois de concluídas outras manobras pelos dois países no Mar Amarelo.
Publicado 03/12/2010 11:52
Nas operações de oito dias, participarão 34 mil soldados, 40 navios e 250 aviões das Forças de Defesa Aérea e Marítima do Japão, enquanto dos Estados Unidos foram 10 mil, 20 e 150, respectivamente, com a missão responder a um suposto ataque militar contra esse país. Segundo a agência Kyodo, os exercícios se desenvolverão até o dia 10 nos arredores de bases militares no Mar do Japão e perto do arquipélago de Okinawa e das ilhas Nansei.
Referindo-se a essas manobras, o ministro da Defesa japonês, Toshimi Kitazawa, disse à imprensa que não são dirigidas contra nenhum país.
Entre os navios de guerra, figura o porta-aviões George Washington, que interviu nas manobras de quatro dias realizadas pelos Estados Unidos e Coreia do Sul, concluídas na quarta-feira (1º).
Sem contra-ataque
Segundo foi dito, ambas as partes vão coordenar suas ações para detectar, processar a interceptar eventuais mísseis balísticos contra o Japão, mas não chegarão a contra-atacar. O objetivo das manobras é responder a eventuais ataques com mísseis balísticos e defender as distantes ilhas japonesas.
Haverá uma equipe coreana a bordo de um navio do Pentágono para observar o exercício. Militares japoneses fizeram o mesmo quando os outros dois países realizaram exercícios conjuntos, em julho. É a primeira vez que militares da Coreia do Sul participam como observadores de exercícios dos Exércitos de Japão e EUA, o que foi interpretado como uma mostra de unidade frente à ameaça norte-coreana na região.
As novas manobras militares são realizadas em meio a tensões renovadas na península coreana desde o incidente que aconteceu no último dia 23, quando o Norte respondeu a disparos contra suas águas jurisdicionais feitos por forças do Sul, o que Pyongyang classificou de provocação instigada pelos Estados Unidos. Seul relatou quatro mortos e vários feridos na troca de tiros.
China pacificadora
Perante todos esses acontecimentos, a China propôs a realização de consultas entre as partes das conversações a seis para a desnuclearização do território, com vista a promover um abrandamento da situação.
A iniciativa de Pequim é apoiada pela Rússia, enquanto os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão a discutirão na próxima segunda-feira (6) em Washington, em uma reunião da Secretária de Estado, Hillary Clinton, com os chanceleres dos outros dois países.
Da redação, com Prensa Latina e Terra
Tradução: Luana Bonone
Alterado às 12h27 para acréscimo de informações