Dilma insiste em salário mínimo de R$ 540; centrais cobram R$ 580
A presidente eleita, Dilma Rousseff, vai fincar pé na proposta de R$ 540 para o salário mínimo em 2011. Ela já foi sondada por integrantes da equipe de transição e não deu sinais de melhorar a oferta a ser apresentada às centrais sindicais — que defendem R$ 580.
Publicado 02/12/2010 11:24
Até o momento, nenhuma nova proposta foi apresentada pelo governo, e as negociações estão num impasse. Representantes das centrais sindicais aguardam a segunda rodada de negociações com o governo desde a semana passada.
A primeira conversa ocorreu no dia 18, quando ficou combinado que outra reunião seria realizada no dia 24. O novo encontro, porém, não ocorreu, nem foi remarcado. "Vamos pressionar para ver se conseguimos esta semana", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos.
Dilma não quer conceder aumentos maiores ao salário mínimo alegando que, a cada R$ 1 a mais no valor, haverá R$ 286,4 milhões em despesas adicionais ao Ministério da Previdência Social. As centrais lembram, em contrapartida, que a economia acelerou em 2010 — ano em que o PIB deve crescer mais de 7%.
A negociação do mínimo é o primeiro teste para a equipe econômica da futura presidente, que prometeu austeridade nos gastos. A prioridade de seu governo serão os investimentos em infraestrutura, saneamento e habitação.
Da Redação, com informações do O Estado de S. Paulo