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Atividade da indústria paulista retoma crescimento em outubro

O nível de atividade da indústria paulista cresceu 0,5% em outubro com relação a setembro, levando em conta o ajuste sazonal. Sem o ajuste, houve queda de 0,1%. Na comparação com outubro do ano passado, houve aumento de 3,3%.

No acumulado do ano, a atividade industrial no estado de São Paulo registra alta de 11% e, nos últimos 12 meses, de 10,8%. Os dados do Indicador de Nível de Atividade da Indústria (INA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) foram divulgados hoje (30), na capital paulista. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) cresceu 0,6% em outubro.
 
O destaque ficou por conta do setor de máquinas e equipamentos, que teve crescimento de 0,3% com ajuste sazonal. Sem ajuste, houve queda de 1,1%. Na comparação com outubro de 2009, o setor registrou aumento de 10,7% e, no acumulado do ano, de 28,5%. 
 
Entretanto, foi notada a elevação de 175,6% nas importações de produtos do setor, enquanto a produção aumentou 103%. Os dados indicam que as exportações cresceram 64,7%.
 
De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, o crescimento da atividade industrial em outubro é simbólico já que houve, segundo ele, apenas uma reversão no índice negativo registrado em setembro em relação a agosto. 
 
Ele acredita, no entanto, que esteja ocorrendo uma recuperação diante de 2009, ano em que o Brasil mais sofreu os efeitos da crise internacional deflagrada em outubro de 2008. “No ano, acreditamos que [o crescimento da] a atividade da indústria paulista deve ser de cerca de 10%, o que é uma bela recuperação comparativamente a 2009, que foi muito ruim, ainda sob os efeitos da crise”.
 
Francini destacou que a preocupação, agora, é com o aumento das importações, já que todos os números indicam que está ocorrendo uma aceleração rápida e grande da entrada de produtos importados no país. “Com isso, há uma dificuldade crescente da indústria doméstica de manter-se competitiva com relação aos importados”.

Com informações da Agência Brasil