Movimento social pede justiça para Catarina e Colombiano
Trabalhadores, estudantes e outros atores do movimento social fizeram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (25/11), em Salvador, para cobrar celeridade na apuração do assassinato do diretor do Sindicato dos Rodoviários, Paulo Colombiano, e da secretaria do Comitê Estadual do PCdoB, Catarina Galindo. Quase cinco meses após a morte do casal, a Polícia ainda não tem pistas dos culpados ou da motivação do crime.
Publicado 26/11/2010 08:24 | Editado 04/03/2020 16:19
A única certeza apontada pela Polícia é de que se trata de um crime de mando, mas até o momento não há pistas sobre os executores, mandantes ou razões para que alguém desejasse a morte do casal. Em audiência com os familiares em meados de outubro, o secretário de Segurança Pública, César Nunes, afirmou que a Polícia está se empenhando na investigação do caso e que eles ficariam sabendo, caso houvesse avanço na apuração dos fatos.
Na manifestação desta quinta-feira, os participantes cobraram notícias sobre as investigações, já que na próxima segunda-feira (29) irá completar cinco meses dos assassinatos. “Nós estamos aqui para lembrar às autoridades que é preciso apurar as mortes dos nossos companheiros, Colombiano e Catarina. Não podemos deixar este crime impune, pois foi um crime contra todo o movimento sindical. Queremos justiça e celeridade nas investigações”, afirmou Hélio Ferreira, atual Tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários.
O presidente da CTB na Bahia, Adilson Araújo, também lembrou da importância de pressionar as autoridades pela solução do crime. “As mortes de Paulo Colombiano e Catarina Galindo não pode jamais entrar para a lista dos insolúveis. Desde os assassinatos, em 29 de junho, já fizemos diversas manifestações para cobrar justiça e vamos continuar cobrando até que os culpados sejam apontados, julgados e punidos. Enquanto isto não acontecer, vamos continua nas ruas, pedindo justiça para nossos camaradas. Aguardamos ansiosos a punição dos assassinos e mandantes, pois até agora nenhuma resposta foi dada ao clamor dos sindicalistas, dos amigos e familiares nem à sociedade”, ressalta Araújo.
Além de pedirem justiça nas ruas, familiares e amigos das vítimas decidiram também oferecer uma recompensa de dez mil reais para quem oferecer informações que ajudem a solucionar o crime. Para reforçar a ação, milhares de cartazes foram espalhados por toda a cidade, informando o número do disque-denúncia da polícia e a recompensa.
Paulo Colombiano e sua esposa, Catarina Galindo, ambos militantes do PCdoB, foram assassinados a tiros na noite de 29 de junho, quando chegavam ao prédio em que moravam, no bairro de Brotas. Testemunhas afirmaram que os disparos foram feitos por dois homens em uma moto.
De Salvador,
Eliane Costa