Caso Mércia Nakashima será julgado em Guarulhos
Dois dos três desembargadores votaram pela manutenção do processo na cidade
Publicado 24/11/2010 14:01 | Editado 04/03/2020 17:18
Os desembargadores da 12ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiram nesta quarta-feira (24) que o julgamento do caso Mércia Nakashima deve ser feito em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo a assessoria do TJ, foram dois votos a favor da manutenção do processo na cidade onde a vítima morava e um contra.
O pedido para transferir o caso para Nazaré Paulista, a 64 km de São Paulo, foi feito pela defesa de um dos acusados, Mizael Bispo. O argumento usado é que, pela lei, o processo deve ocorrer no local onde a vítima morreu. O advogado Samir Haddad Júnior já adiantou que vai recorrer da decisão ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
– Meu entendimento sobre a competência do caso não mudou. Vamos entrar com o recurso o mais rápido possível.
O laudo necroscópico apontou que Mércia morreu afogada na represa da cidade. Mas o promotor do caso, Rodrigo Merli Antunes, alegou que o crime teve início em Guarulhos, onde a advogada desapareceu no dia 23 de maio.
A notícia da manutenção do caso em Guarulhos foi motivo de alegria para a família. A mãe de Mércia, Janete Nakashima, diz acreditar que a decisão evita atrasos no processo.
– Estamos mais aliviados em saber que o júri será aqui em Guarulhos. Mudar para Nazaré Paulista só atrasaria ainda mais o caso, que já completou seis meses.
Com a decisão do TJ, o juiz Leandro Bittencourt Cano deve decidir se os dois acusados da morte da advogada, Mizael Bispo e Evandro Bezerra Silva, devem ir a júri popular. A audiência para ouvir as testemunhas de defesa e de acusação ocorreu entre os dias 18 e 21 de outubro em Guarulhos. Além das 21 pessoas listadas pela promotoria e pelos advogados dos acusados, o juiz interrogou os dois réus.
A partir de agora, os advogados de defesa dos réus e a promotoria terão um prazo de cerca de dez dias, cinco dias cada um, para fazer as alegações finais do processo. Depois, o juiz terá mais dez dias para decidir sobre o júri popular.
Fonte: R7