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Israel ataca Gaza e descarta deter colônias em Jerusalém

Tropas de Israel invadiram nesta quarta (10) o sudeste de Gaza e atacaram a cidade de Khan Younis, deixando ferido um civil palestino, enquanto o governo descartou frear seu plano de colonização em Jerusalém Leste.

Testemunhas relataram à televisão local que efetivos da infantaria motorizada sionista adentraram centenas de metros pela fronteira oriental até chegar a Khan Younis, a segunda cidade desta faixa costeira.

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Os militares israelenses também abriram fogo contra um grupo de residentes na área em que recolhiam materiais em ruínas de imóveis derrubados durante a ofensiva militar lançada por Tel Aviv contra este território no final de 2008 e início de 2009.

Um habitante ficou ferido no ataque e precisou ser levado a um hospital da localidade, assinalou uma fonte da resistência depois de recordar que o incidente esteve antecedido de voos rasantes de aviões de combate sobre Gaza na noite passada.

Além de frequentes bombardeios contra zonas residenciais e túneis na fronteira com o Egito, Israel mantém o bloqueio naval, terrestre e aéreo imposto ao território em 2006 e intensificado em junho de 2007, depois que o movimento islamista Hamas tomou o poder em Gaza.

Paralelamente, o governo sionista descartou nesta quarta-feira uma paralisação dos trabalhos de construção de novas casas para colonos em Jerusalém oriental, desafiando assim a comunidade internacional que tem advertido para o efeito pernicioso dessa política para a paz.

Sob o argumento de que a cidade santa é a "capital eterna do povo judeu " e "não um assentamento", o secretário do governo, Zvi Hauser, assinalou que há 40 anos, depois da ocupação e anexação (em 1967), sucessivas administrações têm construído colônias ali.

Os comentários à rádio pública trataram de minimizar as críticas pela revelação na segunda-feira (9) de planos para construir 1.300 novas casas na parte árabe de Jerusalém, onde já vivem cerca de 300 mil israelenses, em sua maioria judeus fundamentalistas.

O diálogo direto entre palestinos e israelenses foi retomado no início de setembro com apoio estadunidense, mas no dia 26 desse mês foi suspenso depois que o premiê Benjamín Netanyahu se negou a renovar uma moratória de 10 meses da instalação de colônias na Cisjordânia.

Embora o congelamento não afetasse distritos de Jerusalém Leste como Har Homa, onde agora se edificará, Netanyahu tinha baixado o ritmo de aprovação de projetos ali para evitar choques políticos.

Fonte: Prensa Latina