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Abbas recorrerá a Conselho de Segurança para parar colonização

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmud Abbas, pediu nesta quarta-feira (10) a seu representante na ONU, Ryad Mansour, que solicite uma reunião urgente do Conselho de Segurança para travar as construções israelenses nos territórios ocupados na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

"Deve existir alguma medida internacional para travar a expansão das colônias", anunciou o porta-voz da presidência palestina Nabil Abu Rudeina, após divulgar que Israel ordenou a construção de 1,3 mil novas casas em Har Homah e Ramot, situados na parte árabe de Jerusalém e ocupados ilegalmente.

"Qualquer tipo de construção em Jerusalém ou em outras terras palestinas é ilegal", ressaltou o porta-voz palestino. "As resoluções internacionais proíbem a colonização e a consideram uma mudança de uma região ocupada", completou.

Desde o final da moratória, Israel deu luz verde para a construção de casas em 20 colônias ilegais e na segunda-feira anunciou um projeto para ampliar a de Har Homah, construída a partir de 1996. Outras 300 serão construídas na de Ramot, ao norte de Jerusalém.

O anúncio dos dois novos projetos gerou apenas alguns protestos verbais por parte dos Estados Unidos. Porta-vozes do Departamento de Estado disseram ter "profunda decepção" com a atitude de Israel. O presidente do pais, Barack Obama declarou na terça-feira que se trata de "uma estratégia que só prejudica as negociações" entre os ocupantes e o povo palestino.

Em desafio às palavras de Obama, Tzvi Hauser, da Secretaria de Governo de Israel, respondeu apenas que "Jerusalém é a capital do Estado de Israel e que por isso seu país nunca aceitou pôr restrições à construção nessa cidade".

Os palestinos defendem Jerusalém Oriental como cidade árabe, que deverá ser a capital de um futuro Estado palestino, acusando também as colônias israelenses construídas fora das fronteiras de 1967 como ilegais.

Cerca de 300 mil israelenses, ao redor de 53% da população da cidade, já foram instalados em colônias pelos ocupantes. Em Jerusalém Oriental vivem hoje mais de 200 mil palestinos.

Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o país promoveu seis guerras e quatro invasões. Ainda hoje, a entidade sionista ocupa 3 países (Palestina, Síria e Líbano).

Mantém 11.000 prisioneiros políticos encarcerados sem julgamento, promove diariamente demolições de casas, ignora a discriminação racial contra árabes e instalou 653 bloqueios de estrada.

Da redação, com informações do Blog do Bourdoukan e agências