Número de observadores internacionais na eleição bate recorde
O segundo turno das eleições tem um número ainda maior de observadores internacionais que o registrado no último dia 3 de outubro. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são 187 observadores estrangeiros de 45 países. No primeiro turno foram registrados 146 representantes de 36 países.
Publicado 31/10/2010 13:33
Os observadores para o segundo turno das eleições estão divididos entre 24 autoridades estrangeiras e 17 embaixadores que se registraram para acompanhar a votação de hoje (31). Eles acompanham a votação no Distrito Federal, em São Paulo, Santa Catarina, no Paraná e Rio Grande do Sul.
O número de observadores do segundo turno supera em mais de nove vezes a média registrada desde 2002, de 20 observadores por eleição. O número de países representados também é mais expressivo que a soma de todas as nações registradas desde 2002 – 45 no segundo turno contra 35 na soma das eleições de 2002, 2004, 2006 e 2008.
Para Ricardo Caldas, cientista político da Universidade de Brasília (UnB), um dos motivos para o recorde de interesse é o resultado positivo da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Lula deixa o governo com uma gestão excelente, de ótimos índices econômicos e indicadores sociais brilhantes”.
O cientista político Humberto Dantas, da Universidade de São Paulo (USP), também acredita que o impacto da gestão Lula é um dos motivos do interesse internacional. “O mundo quer saber: o que será do Brasil após o Lula?”, afirmou. Para o cientista, a imagem que fica para a comunidade internacional em relação ao atual presidente é “extremamente positiva”.
O cientista também acredita que o país está cada vez mais em evidência, o que causa receio quanto aos rumos que tomará no futuro. “Temos que nos acostumar com o fato de que cada vez mais pessoas tenham esse questionamento”, disse.
Segundo Dantas, o protagonismo do país está chamando atenção ainda para o próprio processo eleitoral e para o sistema de votação com urnas eletrônicas, adotado desde 1996.
Agência Brasil