Representantes do G20 aprovam acordo de reforma do FMI
Reunidos na Coréia do Sul, representantes do G20 – grupo dos países mais ricos do mundo – aprovaram neste sábado (23) um acordo que propõe a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) redistribuindo as cotas do organismo. Os países industrializados concordaram em ceder duas das oito vagas do conselho do FMI para países em desenvolvimento. Em vez de escolhidos, os integrantes serão eleitos.
Publicado 23/10/2010 17:01
“Chegamos a um acordo conjunto sobre uma proposta ambiciosa de reforma de quotas do FMI”, diz o comunicado divulgado hoje pelo G20. “Isso vai ajudar [o órgão a ser] mais eficaz, credível e legítimo”, acrescenta.
A reforma do fundo é uma das prioridades para o governo brasileiro. No Canadá, na primeira reunião prévia do G20, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo insistiria na adoção de mudanças no conselho do FMI.
Nos próximos dias, o conselho se reúne para ratificar a decisão. De acordo com especialistas, o processo de decisão para definir quem vai ceder lugar aos países em desenvolvimento deve levar um ano. Os maiores acionistas atualmente são os Estados Unidos, o Japão, Reino Unido, a Alemanha, França, Itália, o Brasil, a Rússia, Índia e China.
Com a nova reorganização da distribuição dos votos e a participação de 187 países-membros do fundo, o organismo sofrerá a mais profunda reforma desde que foi criado, depois da 2ª Guerra Mundial.
Integram o G20 os seguintes países: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, África do Sul, Turquia e a União Europeia.
Mantega não participou das discussões na Coreia do Sul. Ao longo da última semana, ele conversou com representantes do governo dos Estados Unidos e da Organização Mundial do Comércio (OMC).
As informações são do Tesouro Nacional dos Estados Unidos, do G20 e da agência de notícias oficial da Argentina, a Telam.
Fonte: Agência Brasil