Em Goiânia, Dilma diz que o ódio tucano será vencido pelo amor
Mais de dez mil pessoas participaram na noite desta terça-feira (19), em Goiânia (GO), de um ato político com a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Publicado 20/10/2010 09:31
Em seu discurso, Dilma destacou o crescimento do número de trabalhadores com carteira assinada durante os dois mandatos do presidente Lula — os dados divulgados também nesta terça pelo Ministério do Trabalho no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
“Criamos 14,7 milhões de empregos. Sabe quantos empregos foram criados até chegarmos ao governo? Foram 28 milhões. Criamos mais da metade do que todos os governos anteriores”, comemorou a candidata. “Isso não é um numero apenas, mas é a tranquilidade de uma mãe e um pai para poder levar para casa comida e comprar livro para seu filho estudar.”
Boatos
Ao falar sobre boatos e difamações contra sua campanha, Dilma criticou a postura do PSDB e ressaltou que os tucanos fazem campanha com ódio. “Hoje criaram uma campanha de ódio. Que usa do ódio tentando criar uma coisa que o Brasil jamais permitiu. O Brasil é o país da convivência, da tolerância, de paz. Católicos, evangélicos, espíritas convivem de forma fraterna, estudam nas mesmas escolas. Temos uma cultura fraterna que é a cultura da paz. Quando há o ódio, todo mundo perde e ninguém ganha”.
Dilma falou que ódio propagado pela campanha de Serra será vencido pelo amor, da mesma maneira que Lula derrotou a campanha tucana do medo, em 2002, com a esperança. “O ódio desta vez vai ser vencido pelo amor, pela compreensão, pelo entendimento, pelo respeito que devemos ter por cada um dos nossos semelhantes. Não podemos deixar que o ódio tome conta desta campanha”, afirmou.
ProUni
A candidata falou ainda do posicionamento contrário da oposição sobre o Programa Universidade para Todos (ProUni). “Eles não têm generosidade. Não olham para o povo trabalhador”, afirmou referindo-se à ação apresentada pela oposição ao Supremo Tribunal Federal (STF), contestando a constitucionalidade do Prouni.
“Eles não sabem a importância de se poder fazer uma universidade utilizando a bolsa do Prouni. São pessoas que jamais poderiam sonhar em fazer uma universidade privada porque a mensalidade é duas ou três vezes o salário que recebiam”.
Políticas de habitação
A candidata também recebeu o apoio de cerca de 60 entidades de luta pela moradia que atuam no estado de Goiás. Elas entregaram uma carta contendo pontos que devem integrar as políticas de moradia do governo. Entre questões abordadas, estão a urbanização de áreas de favelas e a melhoria da qualidade das moradias.
Ao receber o documento, Dilma destacou o programa Minha Casa, Minha Vida que, segundo ela, obteve um desempenho acima do esperado no estado. “No programa Minha Casa, Minha Vida, nós não olhamos para o cimento, para o tijolo, para as vigas. Nós olhamos para a vida. Nós queremos uma casa de alvenaria, uma casa digna, onde homens e mulheres possam construir um lar, criar seus filhos, ter uma vida digna. Eu considero que o programa Minha Casa, Minha Vida é a cara do presidente Lula”.
Continuidade e avanço
O presidente Lula advertiu a todos que o que está em jogo não é apenas a vitória de uma eleição, mas a continuidade de um projeto. “Estamos votando no Brasil que a gente quer, se a gente quer o Brasil do passado ou o Brasil do futuro.”
Lula pediu que a população não se esqueça como o país era antes de seu governo. “Não podemos esquecer o Brasil que recebemos deles em 2003. O Brasil das privatizações, do FMI, do desemprego, da desesperança, da falta de oportunidade, e nós mudamos”.
Bem humorado, o presidente declarou que os integrantes do PSDB não cumprem as promessas. “Os tucanos têm um bico grande. Têm um bico bonito pra uma lábia bonita. É só xaveco”, afirmou o presidente.
Também estiveram presentes no evento o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles; a secretária executiva de políticas para as mulheres, Teresa Souza; o governador de Goiás, Alcides Rodrigues; o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia; e o candidato a governador Iris Rezende.
Da redação com agências