Aumenta luta por reforma do Conselho de Segurança da ONU
Com a eleição, durante a semana passada, da África do Sul e da Índia como novos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, todos os membros dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul estarão ali representados a partir de janeiro de 2011, o que tende a aumentar a pressão por reformas no órgão.
Publicado 18/10/2010 07:34
Imediatamente após a eleição da África do Sul e da Índia para vagas não-permanentes, o Ibas divulgou um comunicado reiterando a "necessidade urgente de ampliação do Conselho de Segurança".
"Tanto na categoria de membros permanentes como não-permanentes, a fim de permitir maior participação dos países em desenvolvimento", diz o texto.
O Brasil, que integra tanto o Ibas quanto o Bric, ocupa desde janeiro de 2010 uma das dez vagas rotativas do conselho – que são válidas por dois anos – e é candidato declarado a um assento permanente em uma eventual ampliação do órgão. Uma das prioridades da política externa brasileira é a reforma do Conselho de Segurança e a inclusão do Brasil como membro permanente.
China e Rússia já são membros permanentes, ao lado de Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, e têm direito a veto nas votações.
África do Sul e Índia – países eleitos na semana passada ao lado de Alemanha, Portugal e Colômbia – também têm a ambição de conquistar vagas permanentes no caso de reforma do Conselho.
A reforma do Conselho de Segurança da ONU e a ampliação do número de países com assento permanente são objetivos difíceis e requerem estratégia de longo prazo, que inclua manobras diplomáticas e alianças políticas complexas.
Os Estados Unidos, embora não o declare publicamente, têm restrições ao ingresso do Brasil, principalmente depois do voto contrário às sanções ao Irã, no que consideram uma afronta aos interesses vitais dos Estados Unidos. O imperialismo estadunidense não tolerou com facilidade a atitude independente da diplomacia brasileira.
Já a China não vê com bons olhos as pretensões japonesas a ocupar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, caso este venha a ser ampliado.
Com agências