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Líbano: Nasralah visita Ahmadinejad no final de visita

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reuniu-se nesta quinta-feira (14) à noite, após o fim de sua visita oficial ao Líbano, com o chefe do Hezbolá, Hassab Nasralah. A reunião aconteceu na emabixada do Irã no Líbano, "onde falaram dos resultados da visita histórica do presidente Ahmadinejad em diferentes níveis", segundo divulgou a al-Manar, emissora do partido.

Com esse encontro, Ahmadinejad pôs fim à visita ao Líbano, que o levou a visitar nesta quinta-feira duas cidades do sul do país, Bint Jbeil e Qana, fortemente atacadas durante a agressão israelense contra o Líbano de 2006.

"Matem Ahmadinejad"

A visita de Ahmadinejad teve repercussão do lado israelense. O ministério das Relações Exteriores, liderado pelo ultra-direitista Avigdor Lieberman, bradou aos quatro ventos que essa era uma viagem de “provocativa” e o parlamentar Arye Eldad, do extremista União Nacional, pediu que os soldados israelenses, tentassem matar Ahmadinejad.

Já os Estados Unidos, patrocinadores do estado de Israel, afirmaram que a vinda de Ahmadinejad ao Líbano mostrou que ele "é uma ameaça" à soberania do Líbano por causa do suposto apoio que dá ao Hezbolá.

"Sua viagem ao sul do Líbano está destinada unicamente a reunir o Hezbolá, que continua sob as ordens do presidente do Irã no sul do Líbano", provocou o porta-voz do departamento de Estado, Philip Crowley.

"Pensamos, então, que sua presença ali é uma provocação que continua ameaçando a soberania do Líbano e a segurança da região", acrescentou.

Massacre de Qana

Mais cedo, discursando a uma multidão de moradores e autoridades da cidade libanesa de Qana, Ahmadinejad disse que "mártires de Qana são a prova da opressão".

"Estou aqui para agradecer seu orgulho, resistência e perseverança", disse Ahmadinejad, agregando que "a nação iraniana e a sua liderança estarão sempre com o povo de Qana e o Líbano até o fim".

Qana sofreu numerosos e violentos ataques de Israel no passado. Em 1996 a localidade sofreu uma barragem de artilharia disparada pelas forças militares israelenses. O ataque destroçou 106 civis que tinham procurado refúgio em edifícios das forças da ONU no Líbano, a UNIFIL.

O ataque sem precedentes foi uma clara violação das convenções internacionais e energicamente condenado por organizações de direitos humanos internacionais. Entretanto, os Estados Unidos bloquearam todas as ações do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra o regime israelense.

Mais recentemente, em 2006, os israelenses bombardearam um alvo civil, matando 16 crianças que tinham se refugiado em um edifício na cidade.

Mais cedo, helicópteros israelenses foram vistos sobrevoando aldeias libanesas na fronteira com Israel, próximo das localidades visitadas por Ahmadinejad.

A emissora de televisão al-Manar havia reportado que um avião pilotado por controle remoto israelense foi visto sobrevoando o espaço aéreo libanês.

Ahmadinejad chegou a Beirute na quarta-feira para uma visita de dois dias na qual dialogou com autoridades libanesas sobre questões regionais e também laços bilaterais.

Esta foi a primeira visita oficial ao Líbano desde que tomou posse como presidente do Irã em 2005.

Da redação, com agências