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Fidel Castro: O império por dentro (Terceira parte)

A partir da última segunda (11), o Vermelho iniciou a publicação, inédita em português, de mais uma Reflexão do líder da Revolução Cubana. Nesta série, Fidel Castro apresenta e comenta o livro As Guerras de Obama, de Bob Woodward, obra rica em informações a respeito das contradições no seio do governo Obama, sobre os impasses e o perigo de derrota dos EUA na guerra do Afeganistão. Leia a 3ª parte.

O império por dentro (Terceira parte)
Por Fidel Castro

"Capítulo 15

 
"O almirante Mullen compareceu diante do Comitê de Serviços Armados do Senado para sua audiência de confirmação com vistas a um segundo mandato de dois anos, dois dias depois da primeira sessão dedicada à estratégia. Em seu depoimento o almirante se refere à estratégia sugerida por McChrystal e acrescenta que isso ‘provavelmente signifique mais tropas’.

Leia também a primeira e a segunda parte:

"Quando Obama soube do testemunho de Mullen, deu a conhecer a sua equipe o quanto se sentia descontente ao saber que Mullen estava apoiando publicamente a estratégia de McChrystal. O almirante declarou que ‘o talibã tinha crescido tanto em tamanho como em complexidade’ e que por isso apoiava os esforços voltados para uma contra-insurgência com os recursos adequados. Acaso o almirante ignorava o que Obama tinha dito apenas dois dias antes? O presidente não tinha dito a todos os presentes, inclusive Mullen, que nenhuma das opções parecia adequada, que era necessário que eles desafiassem suas próprias presunções e que iam ter quatro ou cinco sessões de debate sobre este assunto? O que estava fazendo o principal assessor militar do presidente ao informar publicamente estas conclusões preliminares?

"Na reunião dos principais do Conselho de Segurança Nacional se evidenciava que estavam furiosos. Os generais e almirantes constantemente estavam antepondo obstáculos ao presidente.

"Emmanuel comentou que o que estava em movimento entre o almirante e Petraeus não era correto, que todo mundo havia apoiado publicamente a noção de que era necessário enviar mais tropas. O presidente nem sequer tinha tido uma oportunidade.

"Morrell opinava que Mullen podia ter evitado a controvérsia em sua audiência, simplesmente dizendo que sua função era a de assessor militar principal do presidente dos Estados Unidos e do secretário da Defesa, e que devia dar suas recomendações primeiramente a eles em particular antes de anunciá-las publicamente e que não considerava adequado compartilhá-las antecipadamente com o Comitê.

"Morrell pensava que tudo fazia parte da compulsão que Mullen sentia por comunicar, fortalecer a proeminência e a estatura de sua posição. Tinha uma página no Facebook, uma conta no Twitter, vídeos no YouTube e um sítio web chamado ‘As viagens com Mullen: una conversação com o país’.

"O próprio Mullen ao sair ao hall descobriu que ele mesmo era o tema de uma acalorada controvérsia.

"Emmanuel e Donilon lhe perguntaram: Como se supõe que nós devemos enfrentar este assunto? Tu disseste isto, e nós, que devemos dizer?

"Emmanuel acrescentou que esta notícia ia produzir as manchetes de todos os noticiários noturnos.

"Mullen ficou surpreso. A Casa Branca sabia de antemão o que ele ia dizer, mas em seu depoimento no tinha falado em quantidades específicas de tropas. Foi tão amorfo quanto pôde. Mas em sua audiência de confirmação ele tinha que dizer a verdade e a verdade era que ele compartilhava a noção da necessidade de uma contra-insurgência. ‘Isso é o que eu penso’, disse’. Qual era sua alternativa?

"Donilon se perguntava por que Mullen tivera que usar a palabra ‘provavelmente’ e por que não tinha dito ‘não sei’. Isso teria sido melhor.

"A manchete da primeira página do Washington Post da manhã seguinte dizia: ‘Mullen: Provavelmente serão necessárias mais tropas’

"Obama convocou o general aposentado Collin Powell a uma reunião privada as Sala Oval em 16 de setembro. Sendo republicano, Powell tinha dado forte apoio a Obama durante sua campanha.

"Referindo-se ao Afeganistão, Powell comentou que não se tratava de uma decisão que se tomava uma só vez, que era uma decisão que teria consequências para uma grande parte de seu governo. Recomendou: ‘Sr. presidente, não se deixe pressionar pela esquerda que quer que você não faça nada. No se deixe pressionar pela direita que quer que você faça tudo. Decida você mesmo em seu tempo’.

"E também lhe recomendou que não se deixasse pressionar pelos meios de imprensa, que ganhasse tempo, que recopilasse toda a informação de que necessitasse para garantir que depois ia sentir-se à vontade com a decisão tomada.

"Se você decidir enviar mais tropas, ou se isso é o que você pensa ser necessário fazer, assegure-se de compreender bem o que é que essas tropas vão fazer e trate de ter alguma certeza de que o envio de tropas adicionais vai redundar em êxito. Você não pode garantir o êxito em um teatro de operações tão complexo como o do Afeganistão, que se complica cada vez mais com o problema do Paquistão ao lado.

" ‘Você tem que garantir que a base deste seu compromisso vai ser sólida, porque nestes momentos é um pouco suave’, disse Powell, referindo-se a Karzai e à corrupção generalizada que existe em seu governo.

"O presidente não apoiava plenamente uma operação de contra-insurgência, porque isso significava assumir a responsabilidade do Afeganistão por um longo período de tempo.

"O presidente disse que quando fosse recebida a avaliação feita por McChrystal, era evidente que todo mundo tinha que se reunir numa sala a fim de garantir que todos estivessem cantando pela mesma partitura.

"Capítulo 16

"Em 29 de setembro Jones convocou os principais do Conselho de Segurança Nacional para um debate de duas horas, como preparação para a reunião do dia seguinte, sem a presença do presidente.

"Qualquer pessoa que tivesse visto um vídeo da reunião provavelmente se alarmaria. Oito anos depois de ter começado a guerra, ainda se batalhava por definir quais eram os objetivos principais.

"Biden tinha escrito um memorando de seis páginas exclusivamente para o presidente, questionando os informes de inteligência sobre os talibãs. Os informes apresentavam o Talibã como a nova Al Qaeda. Como os talibãs eram os que lutavam contra os estadunidenses, tinha se tornado usual que os árabes, os uzbeques, os tadjiques e os chechenos cruzassem a fronteira do Afeganistão para o que eles chamavam ‘o verão da jihad’.

"Biden indicou que estas cifras eram exageradas, que o número de combatentes estrangeiros não ultrapassava os 50 ou 75 de cada vez.

"Na quarta-feira, 30 de setembro o presidente realizou a segunda reunião para analisar o problema do Afeganistão e do Paquistão. Desta vez o grupo de assistentes era maior. Petraeus estava presente.

"O presidente perguntou:’Há alguém aqui que pense que devemos sair do Afeganistão?’. Todos ficaram em silêncio. Ninguém disse nada.

" ‘Bem’, disse o presidente, ‘agora que podemos prescindir disso, continuemos’.

"Obama também queria afastar-se do tema do Afeganistão durante o restante da reunião.

" ‘Comecemos pelo que nos interessa, que é realmente o Paquistão, não o Afeganistão’, disse. ‘De fato, podem dizer aos líderes paquistaneses que não vamos sair do Afeganistão’.

"Obama estabeleceu as regras para o resto da reunião. ‘Realmente quero centrar-me nos Estados Unidos. Considero que existem três objetivos chaves. Um deles é proteger os Estados Unidos, seus aliados e seus interesses no exterior. O segundo é a preocupação acerca da estabilidade e as armas nucleares em mãos do Paquistão. E se estou centrando minha atenção nos Estados Unidos, existe acaso alguma diferença entre os perigos que emanam da Al Qaeda ou do Talibã?’

"Lavoy e Petraeus fizeram suas intervenções. MacChrystal fez uma apresentação sobre o que ele chamava ‘o caminho’ para sua avaliação inicial.

"Obama expressou: ‘Bem, vocês fizeram seu trabalho, mas há três novos acontecimentos: os paquistaneses estão se comportando melhor; a situação no Afeganistão é muito mais séria do que antecipávamos; e as eleições afegãs não tiveram como resultado o ponto de viragem que esperávamos – um governo mais legítimo’.

"Biden favorecia o pressuposto, impugnado pelo presidente, de que o Paquistão evoluiria da mesma forma que evoluiria Afeganistão.

"Robert Gates propunha ter em conta os interesses no exterior e os aliados.

"No final da reunião Hillary perguntou de que forma seriam utilizadas as tropas adicionais, para onde iriam, se iam na qualidade de assessores e como seriam aplicadas as lições aprendidas no Iraque.

"As análises de inteligência ao mais alto nível nunca foram conclusivas acerca de uma ação no Afeganistão nestes momentos. Um Afeganistão completamente desestabilizado cedo ou tarde desestabilizaria o Paquistão. De modo que a interrogação diante do presidente e sua equipe era a seguinte: Podiam os Estados Unidos assumir esse risco?

"Gates se reuniu com o embaixador paquistanês, Haqqani, nos Estados Unidos. Tinha que fazer-lhe chegar uma mensagem explícita do presidente: não sairíamos do Afeganistão. Haqqani se referiu a uma longa lista de coisas que o exército paquistanês necessitava. O Congresso tinha aprovado um fundo de 400 milhões de dólares em maio para melhorar o arsenal da contra-insurgência. Haqqani abordou o problema do valor de 1 bilhão e 600 milhões que os Estados Unidos deviam ao exército do Paquistão por permitir levar a cabo operações militares ao longo da fronteira. Depois do 11 de setembro, os Estados Unidos tinham criado uma conta de gastos a favor do Paquistão e de outros países, chamada Fundo de Apoio à
Coalizão, com a qual se reembolsava os aliados pela ajuda prestada.

"Capítulo 17

"Obama se reúne com um grupo bipartidário de aproximadamente 30 líderes do Congresso com o fim de dar-lhes uma informação atualizada sobre a revisão da estratégia.

"Vários legisladores criticavam o enfoque de Biden que defendia uma ofensiva antiterrorista. Interpretavam isso como uma forma de reduzir a presença dos Estados Unidos.

"Biden esclareceu que não estava defendendo uma política que implicasse uma operação realizada apenas com o uso de Tropas Especiais.

"O presidente teve que esclarecer que ninguém estava falando de abandonar o Afeganistão.

"McCain disse que só esperava que a decisão não fosse tomada ligeiramente e que respeitasse o fato de que a decisão devia ser tomada por Obama como comandante em chefe.

"Obama lhe respondeu: ‘garanto que não estou tomando nenhuma decisão de maneira ligeira. E você tem toda razão. Quem tem de tomar a decisão sou eu que sou o comandante em chefe’.

"Obama continuou dizendo: ‘ninguém sente tanta urgência em tomar esta decisão – e fazê-lo de maneira correta – como eu’.

"Nesse mesmo dia às 3 h 30 da tarde Obama voltou a reunir sua equipe para analisar a situação do Paquistão.

"O consenso dentro da comunidade de inteligência era que a situação no Afeganistão não ia se resolver se não houvesse relações estáveis entre a Índia e o Paquistão.

"Mullen apontava que os programas de colaboração entre os exércitos dos Estados Unidos e do Paquistão tinham ascendido a quase 2 bilhões ao ano, em equipamentos, treinamentos e outras aplicações.

"Houve sugestões de abrir novas instalações no Paquistão com a finalidade de infiltrar fontes de informação nas tribos e incluir assessores militares estadunidenses nas unidades paquistanesas.

"Obama aprovou todas as ações no terreno. Era inusual receber uma ordem imediata do presidente, pois até o momento nas reuniões de trabalho se falava muito e não se tomavam decisões.

"Capítulo 18

"Por fim, McChrystal tinha a oportunidade de apresentar sua opção para o incremento de tropas somente diante dos principais (Obama não estava presente) em 8 de outubro.

"A essência de sua exposição, com 14 slides, era que as condições no Afeganistão eram muito piores que se pensava, e que só uma ofensiva contra-insurgente que contasse com plenos recursos podia remediar a situação.

"Jones disse que havia perguntas ainda sem resposta e anotou em sua caderneta que era impossível pôr em prática qualquer estratégia para o Afeganistão que não abordasse o problema dos santuários no Paquistão.

"McChrystal apresentava três opções:

"1. de 10 mil a 11 mil efetivos para treinar as forças de segurança afegãs.

"2. 40 mil efetivos para proteger a população.

"3. 85 mil efetivos para o mesmo propósito.

"McChrystal esclareceu que o objetivo neste caso não era derrotar o talibã mas degradá-lo, ou seja, impedir que voltasse a controlar partes chaves do país.

"Hillary perguntou se era possível levar a cabo a missão de degradação com um menor número de tropas, e o general lhe respondeu que não, que ele defendia os 40 mil efetivos.

"No dia seguinte Obama despertou com a notícia de que lhe tinham outorgado o Prêmio Nobel da Paz.

"Nessa mesma tarde às 2 h 30 o Conselho de Segurança Nacional pleno teria uma reunião de trabalho com o presidente. Este começou a reunião pedindo a todos que lhe dissessem o que deveria ser feito com a guerra.

"Lavoy começou falando sobre o Paquistão e sua obsessão com a Índia, e que os paquistaneses tinham reservas acerca do compromisso dos estadunidenses.

"McChrystal disse que a menos que a missão mudasse, ele apresentava as mesmas opções.

"Eikenberry resumiu em 10 minutos suas opiniões, que eram bastante pessimistas. Coincidia com o fato de que a situação estava se deteriorando e que era necessário enviar mais recursos, mas pensava que a ofensiva contra-insurgente era muito ambiciosa.

"Gates recordou que todos tinham se abraçado a apenas três opções:

"1. Contra-insurgência, ou seja, construção da nação.

"2. Anti-terrorismo, que muitas pessoas pensam que se trata de mísseis lançados
a partir de um navio no oceano.

"3. Anti-terrorismo plus, a estratégia proposta pelo vice-presidente.

"Mas evidentemente havia mais opções e não só estas três. Gates agregou que era necessário redefinir o objetivo e que provavelmente os Estados Unidos estavam tratando de conseguir mais do que se podia alcançar.

"Petraeus concluiu: ‘Nós não vamos destruir o Talibã, mas necessitamos negar-lhe o acesso a zonas povoadas e linhas de comunicação chaves para contê-los’.

"Biden perguntou: ‘Qual seria a melhor estimativa de tempo para que as coisas marchem na direção correta? Se dentro de um ano não houver um progresso palpável, o que faremos?’

"Não houve resposta.

"Biden insistiu: ‘Se o governo melhorar e vocês receberem as tropas, Qual seria o impacto?’

"Eikenberry respondeu que embora os últimos cinco anos não tinham sido muito esperançosos, tinha havido pequenos progressos, e que se podia capitalizá-los, mas que não se deviam esperar avanços significativos nos próximos seis a doze meses.

"Capítulo 19

"Foi a vez de Hillary, na reunião de 09 de outubro. Hillary disse que o dilema era decidir o que era o fundamental, se mais tropas ou um melhor governo; que, para evitar o colapso, eram necessárias mais tropas, mas que isto não garantiria o progresso.

"Perguntou se era possível alcançar os objetivos no Afeganistão e Paquistão, sem o comprometimento de mais tropas. Ela mesma respondeu que a única maneira de conseguir que o governo mudasse era enviando mais tropas, mas que, ainda assim, não havia nenhuma garantia de que isso iria funcionar.

Acrescentou que todas as opções eram difíceis e insatisfatórias, e agregou: "Nós temos sim um interesse de segurança nacional em garantir que o Talibã não nos derrote. O mesmo ocorre com a destruição da Al Qaeda, o que seria difícil sem o Afeganistão. É uma escolha extremamente difícil, mas as opções são limitadas, a menos que nos comprometamos e obtenhamos uma vantagem psicológica ".

"Mullen fez eco de outros comentários linha-dura. Dennis Blair sugeriu que a política interna podia ser um problema pelo número de baixas, pois no mês anterior a cifra havia subido para 40, duas vezes a do ano anterior. Ele se perguntava se valeria a pena. A resposta era que o povo iria apoiá-lo o tanto quanto acreditasse que havia conquistas.

"Pela primeira vez, o presidente teria uma estratégia elaborada pelo gabinete de guerra na íntegra, e nós poderemos dizer ao povo dos Estados Unidos o que estamos fazendo ", disse ele.

"Panetta opinava o seguinte:"Você não pode ir. Não pode derrotar o Talibã. Eles não estavam falando sobre a possibilidade de estabelecer uma democracia no estilo de Jefferson no Afeganistão ", dizia Panetta, que achava que esta era a base para reduzir a missão dos EUA e aceitar Karzai, apesar de seus defeitos. Segundo Panetta, a missão era lutar contra a Al Qaeda e garantir que não existissem santuários. Era necessário trabalhar com Karzai.

"Susan Rice disse não ter tomado uma decisão ainda, mas que pensava ser necessário reforçar a segurança no Afeganistão para derrotar Al-Qaeda.

"Holbrooke disse que precisava de mais tropas, a questão era saber quantas e como utilizá-las.

"John Brennan perguntava o que se estava tentando conseguir, uma vez que as decisões em matéria de segurança que se adotaram aqui seriam aplicadas em outras regiões. Se era um governo não corrupto, que presta serviços a toda a população, isso não ia ser conquistado, enquanto ele estivesse vivo. "É por isso", disse ele, "que as palavras êxito, vitória e ganhar complicam a nossa tarefa."

"Havia transcorrido já duas horas e meia. O presidente disse que essas reuniões haviam tido como resultado uma definição útil do problema, que estava emergindo uma nova definição.

"Isto não vamos resolver hoje", disse Obama. "Já reconhecemos que nós não podemos derrotar completamente o Talibã."

"Obama disse que, se aprovasse o envio de 40 000 soldados, isso não bastaria para uma estratégia de contra-insurgência que cobrisse todo o país.

"Obama perguntava se era possível levar os afegãos, ao ponto de que eles permitam aos Estados Unidos retirar-se em um período de dois, três, quatro anos.

"Não podemos manter um compromisso por tempo indefinido nos Estados Unidos", disse Obama. "Não podemos manter apoio interno e de nossos aliados, sem dar qualquer explicação, incluindo os limites de tempo."

"Holbrooke retornou a seu escritório no Departamento de Estado, onde os funcionários se queixaram de serem mantidos acordados toda a noite escrevendo análises que ninguém lia.

"Holbrooke respondeu que a pessoa a quem estavam dirigidos, sim, os lia. Que as noites sem sono que não tinha sido em vão e que eles deviam preparar um novo pacote de relatórios para o presidente." Assim, termina o resumo dos capítulos 15 a 19, dos 33 que contém "As Guerras de Obama. "

Ontem foi anunciada a publicação, quase simultaneamente, de um outro livro, "Conversando comigo mesmo", com prefácio de Barack Obama. Mas, desta vez, a edição será lançada em 20 idiomas. Segundo se afirma, contém cartas e documentos importantes da vida de seu autor: o nosso conhecido e querido amigo Nelson Mandela.

Nos anos finais de sua prisão cruel, os Estados Unidos converteu o sinistro regime do apartheid em potência nuclear, fornecendo-lhe mais de meia dúzia de bombas nucleares, destinadas a golpear as forças internacionalistas cubanas, para impedir o seu progresso no território ocupado pela África do Sul na Namíbia . A derrota do exército do apartheid no sul de Angola acabou com o famoso sistema.

Nossos representantes na Espanha prometeram adquirir e enviar de imediato cópias do livro, cujo lançamento foi anunciado para hoje (ontem), 12 de outubro. Mas quase às seis da tarde nada se sabia ainda, porque era feriado na Espanha e as livrarias não vendiam. Era o 518º aniversário do dia em que nos descobriram e a Espanha se converteu em império.

Continua amanhã.

Fidel Castro Ruz
12 de outubro de 2010

Fonte: Prensa Latina
Tradução da Redação do Vermelho