Chávez visita seis países e discute criação de banco com Rússia
No momento em que o Congresso da Venezuela discute a proposta de Orçamento, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, parte para uma série de viagens internacionais a seis países incluindo o Irã e a Rússia. Em Moscou, Chávez disse hoje (13) que se prepara para finalizar as negociações para a criação de um banco binacional Rússia-Venezuela. Ele irá também à Bielorrússia, à Ucrânia, à Líbia e a Portugal.
Publicado 13/10/2010 18:28
"Esta instituição financeira terá sede em Moscou, outro escritório será localizado na China e o terceiro, em Caracas, que servirá para as operações nas Américas", disse Chávez, antes do embarque. As informações são da empresa estatal de notícias Agência Venezuelana de Notícias (AVN).
Durante sua visita à Venezuela em abril passado, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o país sul-americano planejava comprar armas russas no valor de mais de US$ 5 bilhões. Desde 2005, a Venezuela adquiriu armas russas por um montante de US$ 4,4 bilhões, segundo diversas fontes, no marco do que Caracas e Moscou denominaram uma "aliança estratégica".
Um dos temas que Chávez pretende discutir é sobre o uso pacífico de energia nuclear. Segundo o presidente, a Venezuela desenvolve pesquisas, com o apoio da Rússia, para o uso termonuclear dessa fonte de energia. Outro assunto em debate entre o presidente venezuelano e o primeiro-ministro russo será o financiamento para a construção de 10 mil casas populares na região de Forte Tiuna, na Venezuela.
Chávez disse ainda que pretende, em parceria com os russos, construir nove fábricas de materiais para a habitação com alta tecnologia. A primeira delas será em Los Valles del Tuy.
No encontro com o presidente do Irã, Mahomoud Ahmadinejad, Chávez deve reiterar o apoio ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano. O venezuelano foi um dos críticos ferozes às sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, em junho deste ano, pelo fato do Irã ter anunciado o enriquecimento de urânio a 20%, acima do limite necessário para produção de energia. O fato foi encarado pela ONU como o desenvolvimento de um programa de produção de armas atômicas.
Venezuelanos e iranianos mantêm intensas relações políticas, econômicas, diplomáticas e comerciais. Há dois meses, foi inaugurada a Feira Industrial Irã-Venezuela, em Caracas.
Fonte: Agência Brasil