Venezuela e Colômbia voltam a discutir avanços em acordo de paz
O acordo de paz selado pelos presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, há dois meses ganha nesta quinta-feira (7) mais elementos. Os ministros das Relações Exteriores dos dois países, o venezuelano Nicolás Maduro e a colombiana Maria Angela Holguín, reavaliam os trabalhos das comissões bilaterais em vários setores. A reunião está marcada para ocorrer na região fronteiriça entre Venezuela e Colômbia.
Publicado 06/10/2010 12:18
Maduro disse que a ideia é concluir o que falta para que Chávez e Santos voltem a se reunir em breve. Ainda não há uma data para o novo encontro entre os presidentes da Venezuela e da Colômbia. As informações são da estatal da Venezuela, a Agência Venezuelana de Notícias (AVN).
"Vamos rever em profundidade o que foi feito em cada uma das comissões", disse Maduro. No total foram oito comissões de trabalho, mas algumas delas inspiram mais atenção, como comércio bilateral, o pagamento de dívidas dos produtores, questões de infraestrutura e planos de cooperação energia, além da área de segurança.
Em junho, no governo do ex-presidente Álvaro Uribe, a Colômbia fez uma denúncia na Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a suposta existência de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército da Libertação Nacional (ELN) que treinavam em território venezuelano. A acusação gerou reações de Chávez.
O presidente venezuelano negou que acobertasse as ações de guerrilheiros e anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia. O caso motivou negociações entre os presidentes da América do Sul para evitar o agravamento da crise. Em agosto, Chávez e Santos, já empossado presidente da República, fecharam o acordo de paz.
O chanceler venezuelano disse estar otimista para a reunião amanhã com a chanceler da Colômbia. "Será uma reunião que segue a passos confiantes para construir uma relação estável e de cooperação para restaurar a confiança", disse Maduro. "As relações estão em um bom ritmo", disse.
Com Agência Brasil