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Pior que está não fica? Christine O'Donnell supera Sarah Palin

Sarah Palin não ocupa mais as capas das revistas, para o bem ou para o mal. A razão disso é que ela foi ultrapassada por uma outra competidora. A dondoca da vez se chama Christine O’Donnel, pertence ao hiper-reacionário Tea Party, venceu as primárias republicanas no estado de Delaware, contra Mike Castle, e tem uma ficha corrida muito mais tenebrosa que a ex-governadora do Alasca.

A ponto de ter de lançar um vídeo na internet para dizer que não é uma bruxa.

É uma explicação necessária. Nos anos 1990, Christine se converteu em arroz de festas republicanas depois de uma fugaz aparição na CNN, durante um congresso da candidatura George Bush pai. Ela fazia parte da juventude do Partido Republicano e, conforme o Washington Post, aquela aparição na televisão acabou fazendo dela uma adolescente midiática.

Não mentiria nem para Hitler

Cada tarde, ela e outros membros da juventude apareciam em programas da CNN para emitir suas opiniões. Também fazia o mesmo em vários programas da Fox e como representante conservadora no programa "Politically Incorrect", do apresentador Billy Maher. Foi precisamente nesse programa que Christine O’Donnel disse uma vez que ela era uma bruxa. Mas se isto fosse a única coisa que tivesse dito, Christine não teria que ver-se agora diariamente em programas e jornais.

Ultra conservadora, anti abortista, criacionista, defensora da castidade e da luta contra a masturbação, em seus anos de televisão Christine foi soltando pérolas que agora a levaram a liderar o Tea Party no Delaware.

Em um programa de Maher, disse que se Hitler fosse à porta de sua casa e lhe perguntasse se tinha escondido algum judeu, ela não mentiria. "Porque uma mentira é uma falta de respeito. E se eu tivesse de enfrentar essa situação, sei que deus me diria a forma certa de responder".

Em 1996 ela protagonizou uma campanha contra a masturbação na emissora MTV porque a "Bíblia não permite".

China invasora

Mas se há uma coisa que a equipara com Sarah Palin é sua "enorme" visão do mundo. Em 2006, Christine O'Donnell assegurou que tinha informações confidenciais que asseguravam que a "China estava traçando um plano bem calculado para invadir os Estados Unidos".

E além disso, deu várias "razões" pelas quais seu país não deveria ter nenhum tipo de vínculo com Pequim: "Um país que obriga as mulheres a abortar, que te diz que você só pode ter um filho e que não te deixa ler a Bíblia em liberdade, não pode ser nosso amigo".

Nos últimos quatro anos, a China não invadiu os Estados Unidos, mas Christine continua levando um pouco da bruxa que carregava enquanto adolescente e, além disso, continua sem mentir, quiçá isso possa um dia ocorrer.

Fonte: Cubadebate