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Europa pede valorização do iuan, mas China diz não

As potências europeias somaram sua voz ao coro liderado pelos Estados Unidos que reclama uma mudança na política cambial chinesa, mas o governo comunista da China não pretende ceder à pressão.

Autoridades monetárias da zona do euro pediram nesta terça-feira (4) que a China permita uma "apreciação [valorização] ordenada, significativa e fundamentada" do iuan, mas o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, discorda da avaliação de que sua moeda esteja depreciada.

O chairman dos ministros das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker, disse a jornalistas após negociações com Wen em Bruxelas: "A taxa de câmbio real efetiva da China continua subvalorizada."

Questionado sobre a reação de Wen, Juncker disse que a mensagem europeia não foi uma surpresa à delegação chinesa, mas acrescentou um comentário diplomático: "As autoridades chinesas não compartilham nossa opinião". Com efeito, a China considera a política cambial uma questão nacional e valoriza o controle sobre a cotação da moeda, em contraste com o chamadoi câmbio livre ou flutuante, como uma das razões para o extraordinário crescimento do país ao longo das últimas décadas.

Wen não participou da entrevista coletiva. Na segunda-feira, o premiê disse a uma cúpula da União Europeia com países da Ásia que o objetivo da China é garantir uma estabilidade relativa das principais moedas de reserva.

Da redação, com agências