ONU aponta provas para processar Israel por ataque a flotilha
Existem provas para iniciar um processo contra Israel pela abordagem da Flotilha da Liberdade, que viajava em viagem humanitária em direção a Gaza, pela Marinha israelense no final de maio, conforme conclusão da missão de investigação do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
Publicado 22/09/2010 19:42
"Há provas claras que permitem iniciar um processo pelos seguintes crimes (…): homicídio intencional, tortura ou tratamentos desumanos, intenção de causar graves sofrimentos ou graves ferimentos", indicam o relatório final da missão de investigação do organismo divulgado nesta quarta-feira (22) e que na segunda-feira será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos.
"Os autores dos crimes mais graves, por terem agido mascarados, não podem ser identificados sem a ajuda das autoridades israelenses", destacam, pedindo ao governo de Israel que coopere para permitir sua identificação para processar os culpados.
No dia 2 de junho, o Conselho de Direitos Humanos havia votado uma resolução aprovando a criação de uma comissão internacional independente destinada a examinar o ataque das forças de ocupação israelense contra o comboio humanitário de barcos no dia 31 de maio, que provocou o assassinato de nove integrantes da flotilha.
Para os especialistas da ONU as circunstâncias dos assassinatos de pelo menos seis passageiros correspondem, de certa forma, a uma execução extrajudicial, arbitrária e sumária.
"A conduta das Forças Armadas de Israel revela um nível inaceitável de brutalidade" e se traduz em "graves violações dos Direitos Humanos e do Direito Internacional Humanitário" segundo estabelece o relatório final da missão de investigação.
Os especialistas ouviram depoimentos na Turquia, Jordânia, Genebra e Londres, já que Israel não autorizou a investigação das suas forças armadas por representantes da missão no país.
Da redação, com agências