Crescimento chinês vai desacelerar no futuro, prevê economista
As altas taxas de crescimento registradas pela China entre 2003 e 2008 não deverão se sustentar no futuro, afirmou nesta quarta-feira o economista Xia Bin, membro do Conselho de Política Monetária do Banco Central chinês, de acordo com a agência estatal de notícia Xinhua.
Publicado 15/09/2010 15:19
Em Davos, o representante do governo chinês destacou que a China enfrenta grande pressão e enormes desafios para manter uma taxa de crescimento de dois dígitos, e que as pessoas precisam baixar suas expectativas em relação ao potencial de expansão do país.
Bin ainda disse que a China deve concentrar seus esforços no desenvolvimento de novas estratégias e de indústrias verdes para equilibrar sua estrutura de crescimento. Segundo Bin, a política monetária chinesa retornará aos “níveis neutros e razoáveis”, após o recorde de empréstimos no ano passado, que provocou uma bolha no setor imobiliário.
Ao longo das três últimas décadas a economia chinesa cresce em média cerca de 10% ao ano, enquanto as principais potências capitalistas (Estados Unidos, Japão e Alemanha) avançam ao ritmo de 2% ou simplesmente amargam a estagnação, conforme sucede no momento. Sob qualquer ponto de vista, o desenvolvimento das forças produtivas na próspera nação asiática é extraordinário.
Em consequência das taxas de crescimento desiguais, a China se transformou não só na segunda maior economia do mundo como também passou a liderar o ranking das exportações, de mercadorias e capitais, e agora é considerada a principal locomotiva da economia mundial.
Em outras palavras, a recuperação e o crescimento do mundo dependem a cada dia mais do desempenho chinês, sobretudo neste momento em que os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão ainda não lograram superar a crise e enfrentam a ameaça de um duplo mergulho na recessão.
Da redação, com agências