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China e Rússia defendem diálogo; EUA, mais sanções contra Irã

A China e a Rússia insistiram nesta quarta-feira (15) ,no Conselho de Segurança da ONU, na necessidade de reativar as negociações e a via diplomática com o Irã em torno de seu programa nuclear.

Essa postura foi exposta pelos representantes de Pequim e Moscou, respectivamente Hu Xiaod e Vitali Churkin, ao falar numa sessão dedicada ao tema das sanções impostas ao país persa por avançar em seu projeto de desenvolvimento nuclear com fins pacíficos.

O embaixador chinês disse que as medidas punitivas não são a solução do problema e defendeu que é necessário abrir o caminho das negociações sobretudo depois que Teerã expressou sua disposição para o diálogo.

Igualmente, o representante russo propôs reativar as conversações através do chamado Grupo 5+1, integrado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança (China, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos) mais a Alemanha.

Na sessão desta quarta-feira, os chefes das delegações norte-americana, francesa e britânica insistiram em seus ataques ao Irã e reclamaram a aplicação das novas sanções adotadas na resolução 1929 do Conselho em junho passado.

Em sua intervenção, a embaixadora estadunidense, Susan Rice, defendeu a opinião de que os iranianos estão determinados a construir uma bomba nuclear e exigiu mais sanções.

Os demais membros não permanentes desse órgão da ONU (Brasil, México, Turquia, Nigéria, Gabão, Bósnia- Herzegovina, Áustria, Japão, Uganda e Líbano) não se manifestaram na reunião de hoje.

Na sessão foi apresentado um informe pelo embaixador japonês, Tsuneo Nishida, na condição de titular do comitê estabelecido pelo Conselho ao aprovar a resolução 1737 de dezembro de 2006.

Aquele documento constituiu o primeiro conjunto de punições impostas por esse órgão a Teerã e foi seguido por pacotes similares adotados através das resoluções 1747 de março de 2007, 1803 do mesmo mês de 2008 e a recente, a resolução 1929 de junho de 2010.

Em seu relatório, Nishida indicou que seu grupo de trabalho só recebeu os informes de 36 países (dos 192 que integram a ONU) sobre a aplicação da resolução de 9 de junho.

O diplomata lamentou a falta de resposta nesse sentido e destacou que essa informação ajuda a execução das medidas impostas ao Irã.

Ele também confirmou que ainda não foi constituído o painel de oito especialistas estabelecido pela resolução 1929 para assessorar o comitê de acompanhamento.

Fonte: Prensa Latina