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Venezuela: chavistas vão respeitar e defender resultado do pleito

O Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV) vai respeitar os resultados das eleições legislativas que serão realizadas em 26 de setembro, porém também defenderá o pronunciamento das urnas se acaso a oposição, conforme já ocorreu no passado (2002 e 2003), escolher um caminho antidemocrático, assegurou nesta terça-feira (14) Rodrigues Cabezas, dirigente nacional do PSUV.

“Vamos às urnas em 26 de setembro, cujos resultados aceitaremos, sejam quais forem, porém como a oposição guarda silêncio a este respeito é preciso deixar claro que não só respeitaremos os resultados como também os defenderemos porque são a voz do povo”, destacou Cabezas em entrevista à Prensa Latina.

De acordo com o líder socialista, a oposição venezuelana tem uma agenda oculta que inclui a desestabilização e o golpismo. No pleito deste mês serão eleitos 165 deputados à Assembleia Nacional e os 12 representantes do país no Parlamento Latino-americano (Parlatino).
“O PSUV tem uma só posição, democrática, de participação e de mobilização popular, enquanto eles [da oposição] se debatem entre posturas que evocam alguns elementos democráticos e uma agenda oculta, golpista e de ruptura política”, denuncia Cabezas, para quem não faltam indícios desta conduta.

É o que, segundo ele, se percebe nas críticas à autoridade eleitoral, em acusações de suposta falta de transparência e imparcialidade, “quando todo o planeta sabe que nosso sistema é um dos mais confiáveis do mundo, provado muitas vezes nesses 11 anos. Por isto insistimos: em 26 de setembro teremos eleições com a oposição ou sem ela”, disse, aludindo ao erro cometido pela oposição em 2005 quando, apostando no golpismo, se retiraram das eleições legislativas “esgrimindo mentiras e acusando fraudes que não existiram”.

Em relação aos prognósticos eleitorais, o líder socialista os considera favoráveis à aliança revolucionária integrada pelo PSUV, comunistas e outras forças partidárias associadas ao processo de mudança liderado por Hugo Chávez. Rodrigo Cabezas comentou à agência cubana Prensa Latina que a expectativa é que essas forças conquistem uma maioria parlamentar significativa, abocanhando em torno de dois terços das cadeiras (110 deputados).

Fonte: Prensa Latina