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União Europeia considera ainda frágil a retomada econômica

O comissário econômico da União Europeia, Olli Rehn exaltou nesta segunda-feira (13) a retomada do crescimento econômico da região, que em sua opinião está superando as expectativas, mas alertou que “não há motivo para alardear vitória”, uma vez que “a recuperação segue frágil” após a crise.

A UE deve crescer 1,8% neste ano, guiada por uma forte demanda doméstica, segundo a estimativa do economista. “Nós temos um terreno sólido sob os nossos pés”, sustentou Rehn. Ele observou, no entanto, que “devemos permanecer alertas e vigilantes ante as incertezas remanescentes”.

Duplo mergulho

O dado de crescimento divulgado nesta segunda-feira é cerca de 0,75 ponto percentual mais elevado do que a projeção anterior da União Europeia. A estimativa foi feita com base em informações das sete maiores economias do bloco, que respondem por quase 80% da atividade econômica da área.

Rehn afirmou esperar expansão moderada no segundo semestre do ano, mas disse que o temível duplo mergulho na recessão é improvável. A comissão projeta inflação em 2010 de 1,8%, inalterada.

Rehn disse estar particularmente satisfeito pelo aumento na demanda doméstica. “Este reequilíbrio é animador à luz de uma desaceleração esperada na demanda global no segundo semestre do ano”, comentou.

Manifestação unificada dia 29

Os programas de ajuste fiscal que estão sendo aplicados nas nações européias (com maior radicalidade na Grécia, Portugal e Espanha em função da crise da dívida externa), todavia, restringem as possibilidades de crescimento e implicam em pesadas perdas para a classe trabalhadora, que vem reagindo com indignação, manifestações e greves ao arrocho dos salários, redução de direitos previdenciários e aumento do desemprego.

Trata-se de um processo de desmantelamento do outrora festejado Estado de Bem Estar Social, inspirado no neoliberalismo. Dia 29 deste mês o velho continente deve ser sacudido por manifestações unificadas da classe trabalhadora nos diferentes países em defesa dos seus interesses e direitos.

Da redação, com agências