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Cinco suicídios em duas semanas na France Telecom

Cinco trabalhadores da France Télécom suicidaram-se num período de 15 dias, o que eleva para 23 o número de funcionários da empresa europeia do ramo de telecomunicações que se mataram este ano.

Entre 2008 e 2009, foram registrados 35 suicídios na empresa. As contas foram feitas e divulgadas por fontes sindicais, que consideram que a onda de suicídios no grupo demonstra que o plano da empresa para evitá-los é inútil.

De acordo com o jornal francês "Le Figaro", a empresa francesa reconhece que houve vários suicídios "nas duas últimas semanas em diferentes regiões” do país, mas se recusa a numerá-los. Quatro trabalhavam diretamente para a empresa, enquanto um era funcionário de uma filial.

Um outro porta-voz da companhia assegurou que os mortos não se conheciam e "trabalhavam em postos distintos", não sendo possível estabelecer “nenhuma relação” entre as mortes.

Esta situação já tinha levado à substituição do antigo diretor da empresa, Didier Lombard, por Stéphane Richard. No entanto, um porta-voz do sindicato dos trabalhadores das telecomunicações, CFE-CGC/Unsa, defende a tomada de novas medidas, como "reforçar as novas ferramentas de auxílio em relação ao pessoal fragilizado o pelo trabalho na FT”.

Em julho, a France Télécom tinha admitido a responsabilidade pela morte de um funcionário, no momento em que lançava um pacote estratégico de cinco anos para impulsionar as receitas num ambiente mais competitivo.

Da redação, com agências