PIB brasileiro tem a maior alta em 15 anos: 8,9% no 1º semestre
A economia brasileira cresceu 8,9% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (3). É a maior alta para um semestre desde o início da série histórica, em 1996.
Publicado 03/09/2010 10:14
Apesar do bom resultado, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre aponta para uma desaceleração da economia, após forte expansão registrada nos três primeiros meses. O PIB brasileiro no segundo trimestre cresceu 1,2% na comparação com o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2009, a economia brasileira cresceu 8,8%.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB havia registrado alta de 2,7% ante o quarto trimestre de 2009. Embora os dados confirmem uma desaceleração do PIB depois de um início de ano robusto, a queda do ritmo foi menor do que a imaginada por alguns analistas.
A mediana de previsões de analistas consultados pela agência de notícias Reuters para a expansão trimestral era de 0,7% e avanço na comparação com o mesmo período do ano passado de 8%.
Outros dados haviam indicado desaquecimento do país, levando economistas a prever um PIB mais fraco. A produção industrial, por exemplo, amargou queda em todos os meses do segundo trimestre e mesmo em julho o crescimento foi moderado.
O PIB é a soma das riquezas produzidas por um país durante um determinado período de tempo. A sua variação anual reflete o quanto a economia produziu a mais, ou a menos, que no ano anterior.
A atual série histórica do IBGE começou em 1995 com uma mudança na metodologia de cálculo. A primeira comparação usando o novo sistema foi feita a partir de 1996 e mediu o crescimento em relação a 1995.
Entre os componentes do PIB, o consumo das famílias aumentou 0,8% e os gastos do governo tiveram alta de 2,1%. Entre os setores, a indústria avançou 1,9%, os serviços subiram 1,2% e a agropecuária se expandiu 2,1%.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a formação bruta disparou 26,5%, maior desempenho da série, o consumo das famílias subiu 6,7% e as despesas do governo aumentaram 5,1%. Indústria teve alta de 13,8%, o setor de serviços cresceu 5,6% e a agropecuária 11,4%.
O IBGE informou ainda que a taxa de investimentos foi de 17,9% no segundo trimestre, enquanto a de poupança apontou 18,1%.
Da Redação, com informações da Reuters