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Engenheiro aciona IstoÉ por denúncia de arrecadação para o PSDB

O engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de Engenharia da Dersa (Companhia de Desenvolvimento Rodoviário S/A), afirmou que moverá ação contra a revista IstoÉ. Tudo por causa de reportagem que reúne depoimentos de dirigentes do PSDB, que o acusam de ter arrecado dinheiro utilizando o nome do partido. Com o esquema, Souza teria conseguido mais de R$ 4 milhões.

Além de requisitar abertura de ação penal contra os repórteres Sérgio Pardellas e Claudio Dantas — que assinam a matéria intitulada "Um Tucano Bom de Bico" —, Souza (também conhecido como Paulo Preto ou Negão) declarou que pedirá explicações na Justiça ao vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e ao dirigente Evandro Losacco, ambos entrevistados pela IstoÉ.

No texto, Losacco, que concorre a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSDB, diz que "essa arrecadação [de Souza] foi puramente pessoal. Mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder, infelizmente, ele tinha. Às vezes, os governantes delegam poder para as pessoas erradas", segundo informa a Folha.com.

Já Eduardo Jorge afirmou que "ele (Paulo Preto) arrecadou por conta própria, sem autorização do partido". "Não autorizamos ninguém a receber dinheiro de caixa 2. As únicas pessoas autorizadas a atuar em nome do partido na arrecadação são o José Gregori e o Sérgio Freitas", esclareceu.

Para o diretor de redação da revista IstoÉ, Mario Simas, os fatos questionados pelo engenheiro são notórios no PSDB e confirmados por alguns de seus dirigentes. "A reportagem da IstoÉ reflete um fato sabido e comentado em todo o PSDB. As informações foram dadas em on e também em off por lideranças do partido", explicou.

Sobre a alegação de Eduardo Jorge de que a revista não teria publicado uma carta sua explicando que desconhecia assunto, Simas lembrou que uma nota reproduzindo os argumentos do dirigente foi veiculada na edição seguinte. "A gente tem isso [depoimento de Eduardo Jorge] gravado", afirmou o Simas referindo-se à alegação do dirigente de que não tinha ideia do esquema de Souza.

Referente a um eventual processo, Simas afirmou que a revista disponibilizou "espaço absolutamente privilegiado" na mesma matéria em que é acusado de desvio, para que o engenheiro se manifestasse. "É algo absolutamente transparente", finalizou o diretor de Redação da revista sobre a reportagem.

Da Redação, com informações do Portal Imprensa