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Socialistas venezuelanos convocam militância para as eleições

Os socialistas venezuelanos estão convocando sua militância a “tomar as ruas entusiasticamente” antes mesmo de a justiça eleitoral declarar oficialmente iniciada a campanha para as eleições legislativas de 26 de setembro.

Militantes dp PSUV - Venezuela

Um mês antes de iniciarem os comícios, os partidos podem ativar sua estrutura, de maneira que os socialistas podem já formar uma onda vermelha nas ruas, ao lado de organizações e movimentos aliados para combater a abstenção e recordar aos eleitores o papel importante que eles têm na disputa.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) está há meses estruturando sua campanha “Bolívar 200” com a criação de comandos de campanha em diferentes níveis, desde o nacional até os distritais para mobilizar o país a partir de sua base: os bairros.

A estratégia de ter um ativista para cada dez votantes permitiu ao partido chegar a todas as portas com uma mensagem cívica que insiste na importância de se votar e repassou, casa a casa, as conquistas do processo iniciado pelo presidente Hugo Chávez nos últimos dez anos.
A militância socialista, maioria nos comícios, representa a maioria dos parlamentares que formaram o legislativo nestes últimos anos. Graças a essa maioria, foi possível avançar em numerosas políticas de benefício social que escandalizaram a direita, como a Lei de Terras e as comunas.

Há cinco anos a oposição saiu da disputa com a intenção de colocar em dúvida o processo democrático e sabotar a ascensão dos socialistas, mas o resultado foi que terminaram por deixar-lhes as chaves da Assembleia Nacional ao governo.

Agora, apresentam-se numa coalizão denominada “Mesa de Unidade Democrática”, a partir da qual fustigam a aliança socialista e comunista por meio dos índices de criminalidade ou questionando a eficácia de programas sociais.

As forças governistas aparecem como favoritas na maioria das votações devido às garantias que ofereceram nos últimos anos em matéria de alimentação, acesso à educação, à saúde e ao crédito.

Contudo, a onda vermelha não subestima o rival e sabe tem um inimigo pior: o alto índice de abstenção de sua militância que, por excesso de confiança ou apatia, não traduz em votos seu número real de quase sete milhões de pessoas.

Fonte: Prensa Latina, com tradução do portal Vermelho