Socialistas venezuelanos convocam militância para as eleições
Os socialistas venezuelanos estão convocando sua militância a “tomar as ruas entusiasticamente” antes mesmo de a justiça eleitoral declarar oficialmente iniciada a campanha para as eleições legislativas de 26 de setembro.
Publicado 24/08/2010 11:42
Um mês antes de iniciarem os comícios, os partidos podem ativar sua estrutura, de maneira que os socialistas podem já formar uma onda vermelha nas ruas, ao lado de organizações e movimentos aliados para combater a abstenção e recordar aos eleitores o papel importante que eles têm na disputa.
O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) está há meses estruturando sua campanha “Bolívar 200” com a criação de comandos de campanha em diferentes níveis, desde o nacional até os distritais para mobilizar o país a partir de sua base: os bairros.
A estratégia de ter um ativista para cada dez votantes permitiu ao partido chegar a todas as portas com uma mensagem cívica que insiste na importância de se votar e repassou, casa a casa, as conquistas do processo iniciado pelo presidente Hugo Chávez nos últimos dez anos.
A militância socialista, maioria nos comícios, representa a maioria dos parlamentares que formaram o legislativo nestes últimos anos. Graças a essa maioria, foi possível avançar em numerosas políticas de benefício social que escandalizaram a direita, como a Lei de Terras e as comunas.
Há cinco anos a oposição saiu da disputa com a intenção de colocar em dúvida o processo democrático e sabotar a ascensão dos socialistas, mas o resultado foi que terminaram por deixar-lhes as chaves da Assembleia Nacional ao governo.
Agora, apresentam-se numa coalizão denominada “Mesa de Unidade Democrática”, a partir da qual fustigam a aliança socialista e comunista por meio dos índices de criminalidade ou questionando a eficácia de programas sociais.
As forças governistas aparecem como favoritas na maioria das votações devido às garantias que ofereceram nos últimos anos em matéria de alimentação, acesso à educação, à saúde e ao crédito.
Contudo, a onda vermelha não subestima o rival e sabe tem um inimigo pior: o alto índice de abstenção de sua militância que, por excesso de confiança ou apatia, não traduz em votos seu número real de quase sete milhões de pessoas.
Fonte: Prensa Latina, com tradução do portal Vermelho