Irã quer ampliar relações com a América Latina, diz Ahmadinejad
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse hoje (24) que pretende ampliar as relações com os países latino-americanos. Para ele, “há um grande potencial” na América Latina.
Publicado 24/08/2010 11:46
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ramin Mahmanparast, afirmou que o Irã quer retomar o diálogo com a comunidade internacional sobre o programa nuclear desenvolvido no país.
As informações são da Presidência da República do Irã e da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam. A afirmação de Ahmadinejad sobre o potencial da América Latina ocorreu durante o encontro do iraniano com o novo embaixador do Peru em Teerã, Javier Velardi Paolini.
De acordo com Ahmadinejad, há “enormes semelhanças entre o Irã e os países da América Latina”. Para ele, o Irã e a América Latina podem desfrutar de um “imenso potencial para expandir uma mútua cooperação regional”. Segundo o embaixador peruano, seu país também dá prioridade às relações com o Irã.
O porta-voz do governo do Irã acrescentou que o país está disposto a reabrir as negociações técnicas e políticas com os integrantes do chamado Grupo 5 +1 – formado pelos cinco integrantes permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, França, Rússia, China e Inglaterra) e a Alemanha.
Inicialmente, há uma previsão de reunião de representantes do Irã com os integrantes do Grupo de Viena – Rússia, França e Estados Unidos, além da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). As conversas estão previstas para até meados de setembro.
Desde 9 de junho, o Irã está submetido a uma série de sanções econômicas impostas pelo Conselho de Segurança da ONU como forma de pressionar o país a suspender o desenvolvimento do programa nuclear iraniano. Em seguida, a União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá também aprovaram medidas restritivas ao país.
Nos últimos dias, integrantes do governo do Irã manifestaram o desejo de retomar as negociações. Interlocutores de Ahmadinejad também defendem a inclusão do Brasil e da Turquia nas negociações.
Agência Brasil