Correa completa um ano de seu segundo mandato no Equador
O presidente do Equador, Rafael Correa, completa hoje o primeiro ano de seu segundo mandato presidencial e um ano à frente da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), entidade que teve um papel decisivo na retomada do diálogo entre Colômbia e Venezuela.
Publicado 10/08/2010 17:19
Há três anos e meio no poder, Correa mantém uma aprovação majoritária, apesar de ter caído no último ano. De acordo com a empresa SP Investigación e Estudios, o mandatário tem uma avaliação positiva de 61% da população equatoriana, e negativa de 38%. Há um ano, sua aprovação era de 66%, e a reprovação, de 30%.
Correa assumiu a presidência pela primeira vez em janeiro de 2007 com a promessa de convocar uma assembleia constituinte e redigir uma nova constituição. Logo após cumprir estes objetivos, foi reeleito em abril de 2009, no primeiro turno, com 52% dos votos.
O segundo período à frente do governo do Equador tinha a intenção de radicalizar seu projeto político de esquerda, o que se sustentou sobretudo na aprovação de leis na Assembleia Nacional (Parlamento).
No final de julho, o governo conseguiu a aprovação de reformas na Lei de Hidrocarbonetos, que facilitarão a renegociação com as petrolíferas que operam no país, e, na semana passada, a da Lei da Educação Superior, considerada uma norma chave. No âmbito internacional, o ano foi marcado pelas atividades de Correa como presidente pro tempore da Unasul.
A entidade trabalhou na construção de medidas de "confiança e segurança" para a região, motivadas pelo acordo entre Colômbia e Estados Unidos que permite o uso de sete bases daquele país por militares norte-americanos.
Logo após o terremoto ocorrido no Haiti, em janeiro, Correa também buscou a solidariedade das nações, convocando uma cúpula para analisar a ajuda ao território devastado pelo tremor que matou mais de 200 mil pessoas.
O Equador também incentivou a institucionalização do organismo com a nomeação de seu secretário-geral, o ex-presidente argentino Nestor Kirchner (2003-2007), e a ratificação de seu tratado constitutivo por parte de seis países-membros.
Correa comparece hoje à sede do Legislativo para entregar seu comunicado anual de trabalho. Também estava prevista a passagem da presidência temporária da Unasul para a Guiana, mas o ato foi postergado para uma data ainda indefinida.
Fonte: Ansa