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Natal é sede do maior encontro de cientistas brasileiros

Durante uma semana, Natal foi palco do maior encontro entre cientistas brasileiros, a 62ª reunião anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), que começou na noite do último domingo (25).

O encontro ocorreu na forma de debates, conferências, cursos e exposições dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foram cerca de 250 eventos ao longo da semana, mais 250 apresentações artísticas e 200 atividades voltadas ao público infanto-juvenil, além da apresentação de 5.157 trabalhos científicos.

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Cientistas, professores e estudantes de todos os níveis, e profissionais de diversas áreas puderam experimentar este espaço de difusão e divulgação científica, bem como o cenário das grandes questões culturais de nossa época, identificando tendências e abordando temas próprios do conhecimento e da dinâmica de suas transformações culturais, científicas e tecnológicas.

Constituindo-se em um dos principais fóruns de debate das políticas de ciência e tecnologia, a SBPC abriu espaço para temas recorrentes na discussão acerca dos rumos do desenvolvimento do país, agora conjunturalmente atualizada. O debate público para o equacionamento do déficit educacional, científico e tecnológico, responsável em grande parte pelo nosso atraso.

Para o anfitrião da maior conferência científica do Brasil, o presidente da SBPC, Marco Antônio Raupp, a ciência precisa contribuir mais para o desenvolvimento. Durante a abertura da reunião, Raupp defendeu mais investimentos em institutos de pesquisa que possam aliar o conhecimento acadêmico às necessidades econômicas do país.

Esta foi a principal reivindicação levada pelos cientistas às candidatas à presidência da república Marina Silva (PV) e Dilma Roussef (PT), que participaram da conferência em Natal.

Para discutir as possibilidades de aproximação do potencial econômico e social do litoral brasileiro a sua reserva natural, a 62ª Reunião Anual SBPC, que aconteceu de 25 a 30 de julho, em Natal (RN), elegeu como tema central do encontro “Ciências do Mar: Herança para o Futuro”.

Mesas como a Amazônia Azul e o Projeto Nacional de Desenvolvimento debateram as descobertas do pré-sal, que reacenderam as esperanças de um longo e duradouro ciclo de desenvolvimento econômico e social. Os benefícios do pré-sal somados ao potencial de nossos recursos renováveis e às possibilidades de armazenamento em águas profundas de grandes quantidades de carbono, de modo a mitigar efeitos do aquecimento global, formariam um poderoso tripé capaz de alavancar um longo ciclo de desenvolvimento.

Após mais de uma década da realização da SBPC em Natal, um dos maiores eventos na área da ciência em toda a América Latina, a cidade abrigou mais uma vez este fórum de debate que tem grande procura e participação de estudiosos da área. O debate de políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação se recoloca na ordem do dia.

Da sucursal do RN, Jana Sá
Com informações Fundação Maurício Grabois