Adversários se unem em Santa Catarina para criar comitê pró-Dilma

A presença de lideranças de partidos que estão em lados opostos na corrida pela sucessão estadual chamou a atenção: Manoel Dias, do PDT, candidato a vice-governador pela chapa de Ângela Amin (PP), e o presidente em exercício do PMDB catarinense, João Matos, foram algumas das lideranças que dedicaram apoio à candidatura petista.

De acordo com João, apesar de os peemedebistas estarem coligados com os demos em nível estadual, existe o "interesse na eleição de Dilma Rousseff". "Foi isso que a convenção definiu: apoio a candidatura de Colombo ao governo do estado e de Dilma à presidência. É o projeto nacional e temos como vice Michel Temer, um dos integrantes de nosso partido", disse.

"Respeitamos o posicionamento pessoal de outras lideranças, mas como instituição partidária seguimos o resultado das convenções", agregou. O PMDB vai criar uma comissão estadual para mobilizar as bases do partido em prol da candidatura à Presidência da coligação “Para o Brasil Seguir Mundado”.

Manoel Dias, vice na chapa do PP, declarou que o apoio a Dilma Rousseff é uma tendência nacional do PDT. "É uma coisa independente da campanha estadual", disse. "Nosso objetivo é ajudar a eleger Dilma na disputa presidencial". A reunião realizada no início da noite desta quarta-feira serviu para definir as ações do comitê suprapartidário a favor de Dilma.

O presidente do PT, José Fritsch, confessou que a posição distinta dos partidos, que no estado são adversários e na questão presidencial dividem o mesmo palanque, pode confundir o eleitor. Mas ponderou: “São duas eleições completamente diferentes, e temos o claro objetivo de levar Dilma a uma vitória em Santa Catarina. Acredito que o eleitorado catarinense irá entender a diferença entre as duas disputas quando começar o horário eleitoral".

Da Redação, com informações do Terra