Índio se presta a ser o “Bozó” do Serra
Eu reproduzi aqui algumas matérias de jornal sobre o “cursinho” de serrismo a que submeteram o Indio da Costa, o vice que lhe sobrou ter. Uma coisa ele provou. É bom aluno, aprende depressa os piores defeitos do chefe. É arrogante, grosseiro e acha que as pessoas se impressionam com gente que faz cara de sabido e usa meia dúzia de palavras difíceis.
Por Brizola Neto, no blog Tijolaço
Publicado 11/07/2010 17:25
Sua entrevista, hoje (domingo, 11), no Estadão, é um primor de arrogância, grosseria e pretensão.
“Tenho experiência administrativa, política e eleitoral muito maior que a da Dilma.”, ele diz. Qual é a experiência dele? Administrador regional de Cesar Maia? Secretário de admnistração do “chefe”? Claro que são experiências de gestão, ninguém vai negar . Mas só uma pessoa totalmente dominada pela empáfia pode comparar isso com sete anos de gestão de ministérios complexos como o de Minas e Energia, a Casa Civil e a gestão e situações gigantescas como a regulação do pré-sal ou o Programa de Aceleração do Crescimento.
Experiência eleitoral, claro. Mas em que circunstâncias? Como “Cesar Boy”, beneficiado pelos cargos que ele distribuiu ao grupo de mauricinhos
com que se cercou.
Mas ele não para na pretensão. Precisa ser grosseiro.
“A Dilma é um boneco. É uma candidata que vai ficar calada até o final. Ela não está com coragem de participar de nenhum debate porque não tem consistência. Até hoje ela não apareceu em nenhum debate com Serra e, pelo que estão dizendo na campanha do PT, não aparecerá.”
A qual debate Dilma faltou? Em que televisão? Em que rádio? Ela não foi à sabatina da Folha porque viajou e pediu nova data, o que a Folha não deu.
O que este Indio tem de autoridade moral para falar assim? Foi parar a fórceps e por falta de candidato como vice do Serra e já anda querendo dar uma de “bacana”? Ou, como diz o Romário, entrou no ônibus neste instante e já quer sentar na janela?
Indio da Costa é o “famoso quem?” que está se achando. É como o personagem do Chico Anysio, o Bozó. Não é nada, mas puxa o crachá de vice e diz que, agora, “trabalha na Globo”.
Merece, com sobras, o adjetivo que Lula usou para definir o Sérgio Guerra. No diminutivo.