Embaixador da Venezuela prevê vitória de Chávez nas eleições
O embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Sánchez Arveláiz, diz que são grandes as pressões, sobretudo vindas do exterior, para derrotar o presidente Hugo Chávez nas eleições de setembro, mas o processo vai revelar que a revolução boliavariana está se consolidando no país. Estarão em disputa 165 cadeiras do parlamento venezuelano.
Publicado 05/07/2010 21:25
Após solenidade em celebração do Dia da Independência da República Bolivariana da Venezuela, nesta segunda (5), na sede da Embaixada em Brasília, Maximilien Arveláiz disse ao Vermelho que a revolução permitiu a maior participação do povo no processo político.
“A revolução se consolida. Temos eleições no final de setembro que partiu de um processo de aprofundamento da revolução com a participação das bases. Então existe um novo espaço de participação. Agora há setores do exterior que querem acabar com a revolução”, diz.
Organizações empresariais dos Estados Unidos e da Europa admitiram que estão investindo US$ 50 milhões nas eleições para derrotar Chávez. O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), maior força política no país, deve eleger a maioria dos candidatos para a Assembleia Nacional.
“Eles sempre estão atuando e exercem pressão para desestabilizar nosso governo e as instituições. Por outro lado, estamos firmes e, em setembro, vamos dar outro exemplo de como o povo exercerá seu direito democrático e teremos um resultado que consolide a revolução bolivariana”, afirmou.
Sobre as críticas a respeito da falta de liberdade de expressão no país, o embaixador diz que são críticas sem fundamento. “A liberdade de expressão é plena. Se você fizer uma comparação com os últimos 15 anos, podemos afirmar que existe mais liberdade de expressão. A grande diferença é que antes a maioria do nosso povo não tinha voz, era apenas a minoria. Hoje essa maioria tem muito espaço para se expressar, portanto existe plena liberdade”, argumentou.
Dia da Independência
Segundo o embaixador, os venezuelanos comemoram no dia 5 de julho não apenas a proclamação da independência de maneira simbólica, mas de um momento onde começou há quase 200 anos um processo de transformação de toda a sociedade. “O povo decidiu ser livre e construir sua própria história”.
Disse que a América Latina tem agora governantes que se parecem com o povo e que estão comprometidos com a causa social. Ele lembrou que na ocasião também era comemorado o
Dia das Forças Armadas.
A solenidade na embaixada começou com uma oferenda floral. Depois foram feitas mostra cultural, degustação de comidas tradicionais, exposição fotográfica da Venezuela atual e projeção de vídeos musicais venezuelanos. Os convidados ainda assistiram a um show de música tradicional com Cecilia Todd.
Em Caracas, Chávez e o presidente do Equador, Rafael Correa, participaram, no Panteão Nacional, do enterro simbólico dos restos mortais da heroína equatoriana Manuela Sáenz, que foram colocados junto aos de Simón Bolívar.
De Brasília,
Iram Alfaia