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China revisa para cima taxa de crescimento da economia em 2009

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 9,1% em 2009, conforme informação divulgada nesta sexta (2) pelo Departamento de Estatísticas do país, que revisou para cima o dado anunciado inicialmente, que indicava expansão de 8,7%.

O PIB chegou a 34,050 trilhões de iuanes (equivalente a US$ 5,296 trilhões), ou 515,4 bilhões de iuanes acima do valor informado anteriormente. Após o ajuste na taxa do PIB, o valor adicionado na economia pelo setor primário (agropecuária) foi de 3,522 trilhões de iuanes; o secundário (indústria) contribuiu com 15,763 trilhões de iuanes, enquanto o setor terciário (comércio e serviços) agregou 14,764 trilhões de iuanes.

Indústria lidera

Diferentemente do que acontece nos Estados Unidos e outros países capitalistas do chamado Ocidente (que, no caso, inclui o Japão), onde a participação do setor terciário no produto torna-se a cada dia mais relevante e nota-se uma relativa decadência da indústria, na China o setor secundário ainda é o principal motor da economia. Indústria e agricultura representam cerca de 60% do PIB.

O declínio da indústria e a ascensão dos serviços é apresentado como um sinal de progresso, mas pode muito bem ser um sintoma de decadência, o que parece claro especialmente nos EUA, onde se diz que o comércio representa 70% do PIB. Neste caso, o indicador deve ser interpretado como reflexo do parasitismo econômico que está promovendo a decomposição da hegemonia econômica do império.

A ascensão da China, que já é a segunda economia do mundo e a primeira no ranking das exportações de mercadorias (caminhando também para o pódio da exportação de capitais), é uma prova inconteste do primado do setor produtivo sobre o improdutivo e, em especial, da indústria sobre as finanças.

Da redação, Umberto Martins, com Valor