Somos todos e todas imprescindíveis – artigo
Wladimir Crippa, Secretário de Comunicação do PCdoB SC
Publicado 30/06/2010 01:42 | Editado 04/03/2020 17:14
Estamos prestes a iniciar uma grande batalha política. E os desafios não são poucos: eleger Dilma presidente e dar continuidade ao ciclo progressista iniciado com Lula; eleger um projeto avançado para Santa Catarina, que hoje toma forma na pré-candidatura de Ideli Salvatti; mostrar que o Senado não é uma casa de repouso para ex-governadores, elegendo João Ghizoni e Cláudio Vignatti; disputar bonito e com vontade de eleger para a Câmara Federal; ocupar definitivamente uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado.
Para dar conta destes enormes e necessários desafios, o Partido Comunista do Brasil não pode abrir mão de seu maior patrimônio: jovens, homens e mulheres, negros e negras, trabalhadores e trabalhadoras, aposentados, lutadores, lutadoras, sonhadores. Estejam eles e elas na capital, no litoral, no sul, norte, centro, oeste de Santa Catarina; tenham eles duas, três, quatro décadas de PCdoB ou recém tenham entrado no Partido.
Precisamos de todos e todas. De cada um. De cada uma.
São tarefas que não serão realizadas por um ou outro “iluminado”, por mais capacitado que seja. A frase comumente ouvida de que “ninguém é insubstituível” soa mais própria a um departamento de recursos humanos de uma empresa qualquer do que a um Partido Comunista.
Acredito justamente no contrário: “ninguém é substituível!”
Cada indivíduo tem sua história, tem suas habilidades, tem suas experiências, seus valores. Nenhuma pessoa pode substituir a outra. É exatamente esse o maior valor de cada ser humano: sua humanidade. O PCdoB é a soma destas individualidades. É nesta série de adições que chegamos ao resultado do que somos e do que fazemos enquanto Partido de Comunistas.
O momento requer unidade. Requer grandeza. Humildade. Requer reconciliação. É hora de buscar aqueles que já estiveram conosco nesta caminhada mas que, seja qual tenha sido o motivo, bobo ou mais profundo, acabaram se afastando. Não é hora de arrogância e de achar que “já ganhamos”. Não é o momento de certezas, de crer que o que temos é suficiente e nos basta. Que somos os bons. É hora de manter conosco aqueles que aqui estão. Todos e todas são imprescindíveis. É hora também de buscar novos camaradas, que se somarão no decorrer desta caminhada.
Estamos diante da possibilidade concreta de eleger um/uma camarada para a Assembleia Legislativa. Mas por enquanto é uma possibilidade, que queremos tornar real. Mas ainda não é. É como uma semente que lançamos à terra com carinho, com amor. Sabemos que ela pode crescer, se for bem cuidada, e que poderá se tornar grande, frondosa. Mas para isso acontecer, o semeador – ou os semeadores e semeadoras – não podem se perder em meio a discussões que não levam a nada. Ou pior, poderão levar, sim: à derrota dos nossos sonhos.
Reunimos e temos todas as condições para alcançar todas estas vitórias. Mas para isso precisamos pensar no nosso projeto maior. Que pode, deve e será atingido respeitando a todos e todas. Sem passar por cima de ninguém. Sem excluir ninguém. Pelo contrário, aglutinando, somando, pois nosso projeto é inclusivo, e não discricionário.
E é justamente por isso que queremos, mais do que nunca, torná-lo real. Porque é um projeto e um sonho de todos nós.