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Alba realiza conferência contra o racismo e pela integração

Começou nesta quinta-feira, 24, na cidade equatoriana de Otavalo, a reunião de cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), que terá por temas centrais a pluralidade e a integração. O evento termina nesta sexta-feira, 25, com as presenças dos presidentes Rafael Correa, do Equador, Evo Morales, da Bolívia e Hugo Chavez, da Venezuela, que assinarão a Declaração de Otavalo.

Considerado um acontecimento histórico pelo chanceler equatoriano Ricardo Patiño, a conferência conta com a participação de lideranças indígenas e negras, que buscam incentivar os governos democráticos e progressistas da região a reconhecer a diversidade.

Ao abrir o evento, o chanceler Ricardo Patiño conclamou os participantes a “acenderem a luz para que a América Latina não se perca”. Ele realçou que esta é a primeira vez que os governos latino-americanos trabalham unidos com as lideranças indígenas e negras em busca de “um novo amanhecer do século 21”.

A ministra equatoriana dos Povos, Alexandra Ocles, destacou a importância da participação de indígenas, negros e camponeses na vida política. Ela sublinhou que essa reunião de cúpula da Alba é chave para impulsionar a criação de um Estado “plurinacional”. A ministra disse ainda que a Alba está mudando a face da política, que já tem “rostos afrodescendentes, indígenas e dos camponeses que habitam a costa do país, o que sem dúvida marca uma mudança nas formas de fazer política”. Para a ministra equatoriana, “A construção do Estado plurinacional e intercultural vai mais além do aspecto étnico e aglutinará os diversos setores da sociedade”.

Uma das intervenções aguardadas com maior expectativa é a do chanceler da Bolívia, David Choquehuanca. Ele analisará a transição do Estado colonial para modelos de Estados multiculturais, interculturais e plurinacionais.

Prefeitos, parlamentares e ministros dos oito países membros da Alba (Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, São Vicente e Granadinas e a Venezuela) debaterão sobre a luta contra racismo e pela preservação do patrimônio ancestral, entre outros temas. A Guatemala participa na condição de país convidado.

Em quatro mesas de trabalho os participantes tratarão a interculturalidade na função pública, os direitos econômicos, políticos e sociais contra o racismo, iniciativas públicas para neutralizar os efeitos do câmbio climático, os direitos da natureza e o comércio exterior entre os povos.

Está prevista a criação de um conselho de lideranças indígenas e negras que funcione no marco da Alba.

Com informações da Prensa Latina e Granma