Roriz tinha esquema de burla igual ao de Arruda, diz o TC

Auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apuraram que o esquema que assaltava os cofres públicos vigorava desde 1999, quando o atual candidato do PSC ao Palácio Buriti, Joaquim Roriz, era governador. Segundo o Tribunal de contas, assim como José Roberto Arruda (ex-DEM), Roriz burlava licitação para contratar empresas de informática a preços superfaturados.

Foram abertas 48 auditorias em dezembro passado sobre contratos de 2009 e os técnicos encontraram irregularidades desde 1999. Ao assumir o governo, naquele ano, Roriz usou o Instituto Candango de Solidariedade (ICS) para contratar pessoal em cargos comissionados sem concurso público e também como intermediador de empresas de informática. Saltaram de R$ 70 milhões em 1999 para R$ 600 milhões, em 2005, os recursos repassados do GDF ao ICS para pagamento de prestadoras de serviço escolhidas sem licitação.

Em 2003, Roriz governador, o Tribunal de Contas determinou ao GDF a suspensão de repasses ao ICS, mas o Tribunal de Justiça do DF reverteu a decisão. Em 2004, o TCDF voltou a mandar a Codeplan abster-se de realizar novos contratos por meio do ICS, mas o esquema continuou até o fim de 2006. Arruda extinguiu o ICS e passou a realizar a burla diretamente pela Codeplan, segundo o Tribunal de Contas. Em 2007, a parte de informática foi transferida para a Secretaria de Planejamento.

Num contrato com a Linknet e a Prodata, gerido pelo então presidente da Codeplan, Durval Barbosa – o delator premiado da Operação Caixa de Pandora –, o superfaturamento foi de R$ 24 milhões em 2005, segundo o TCDF.

Carlos Pompe, de Brasília