1ª Assembleia dos Povos Indígenas tem início nesta segunda na UFT

O evento acontece entre os dias 24 a 27 de maio de 2010, com a presença de cerca de 350 pessoas e vai debater os impactos dos grandes projetos realizados nas terras indígenas.

A Universidade Federal do Tocantins ao longo de seus anos tem se preocupado com a cultura e a proteção dos direitos indígenas. Prova disso são as cotas de 5% em todos os cursos da Universidade. Além disso, há também os programas de inclusão, tais como o Grupo de Trabalho Indígena (GTI) e a Comissão Especial para Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Ceppir), que ajudam na permanência deste aluno no meio acadêmico. Os resultados já podem ser vistos: em 2003, havia três indígenas na instituição; após a implementação da política de cotas, esse número subiu para 103 em 2010.

Conhecendo a preocupação da instituição e levando em consideração o próprio movimento estudantil indígena da mesma, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), procurou a UFT, por meio da Proex, para, junto com as lideranças indígenas dos estados de Goiás e Tocantins, realizar a 1ª Assembleia dos Povos Indígenas. O evento acontece entre os dias 24 a 27 de maio de 2010, com a presença de cerca de 350 pessoas e vai debater os impactos dos grandes projetos realizados nas terras indígenas. O acampamento para o encontro será montado no Campus de Palmas da UFT – a partir das 14h, do dia 24, com a abertura oficial prevista para às 19h.

Para a diretora de Assuntos Comunitários da Proex, professora Maria Sortênia Guimarães, o objetivo maior da assembléia é socializar as experiências das várias etnias, discutir os principais problemas e enfrentamentos das mesmas, pensando-se em levar propostas, problemas e levantamentos aos gestores públicos que possam atender esta demanda.

Discussão – Durante a assembleia, representantes das etnias Apinajé, Krahô, Xerente, Karajá de Xambioá, Karajá e Javaé, Krahô-Kanela e Tapuia e Karajá de Aruanã vão discutir temas como a precariedade das políticas indigenistas de saúde e educação, a reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai), a falta de manutenção e conservação das estradas que ligam as aldeias às cidades, além dos desafios enfrentados pelos estudantes na cidade e a consolidação de alianças com os movimentos sociais.(Virgínia Magrin)
Fonte: UFT