PCdoB reforça projeto eleitoral em Brasília

Com a mudança vertiginosa do quadro político no Distrito Federal, o projeto eleitoral do Partido Comunista do Brasil (PCdoB-DF) também mudou. “Antes ele era limitado à chapa própria para deputado distrital; agora, é uma possibilidade real a eleição também de um deputado federal comunista”, afirmou Augusto Madeira, presidente da agremiação no DF.

A avaliação aconteceu na reunião da Comissão Política do PCdoB, dia 11 de maio, que contou com a participação do secretário de Organização Nacional, Walter Sorrentino. “Desde a Operação Caixa de Pandora, que levou à liquidação do esquema do ex-governador José Roberto Arruda e seu vice, Paulo Otávio, fortaleceu-se a alternativa de oposição, que nesta semana avançou em sua unidade, com Agnelo Queiroz (PT) para governador e Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB) candidatos ao Senado Federal”, informou Madeira.

Os presidentes do PCdoB, PT, PDT e PSDB também entraram em contato com o presidente do PMDB brasiliense com o objetivo de formar uma palanque único para Dilma Roussef na Capital Federal, tendo um peemedebista como vice de Agnelo. Na próxima semana, nova reunião entre os dirigentes desses partidos poderá pactuar a indicação de um peemedebista para vice-governador, na chapa de Agnelo.

No encontro dos dirigentes comunistas, Madeira destacou que o período recente “tem sido benéfico para o projeto eleitoral do Partido. O camarada Messias de Souza, por exemplo, desenvolveu um conjunto de atividades e iniciativas que se destacaram”. Citou como exemplo o ato de homenagem aos 30 anos de vida pública do Messias, o lançamento de sua candidatura do PCdoB ao governo do DF e a inscrição da chapa Messias/Olgamir para as eleições indiretas ao GDF, as inserções do Partido na TV e o jantar de apoio ao Messias no dia 11 de maio, com mais de 700 pessoas. “Tivemos ainda presença nas ruas, com a campanha de filiação ao PCdoB e a convocação para o ato de apoio do PCdoB à pré-candidatura de Dilma Rousseff”, lembrou o presidente do Partido.

Na avaliação da Comissão Política, uma aliança ampla com o PMDB permitirá ampliar o campo de atuação dos comunistas, mas é necessário reforçar a chapa distrital e definir qual será a participação do PCdoB na chapa majoritária.

Brasília só tem oito vagas na Câmara Federal. “Temos que nos concentrar no nosso projeto, sem dispersar nenhuma força”, conclamou Madeira, destacando a necessidade de realizar na capital um grande ato de apoio dos candidatos da base do governo Lula à candidatura de Dilma Rousseff para Presidenta da República.

Carlos Pompe, de Brasília