Empresários venezuelanos tentam desestabilizar governo
Sindicalistas e parlamentares venezuelanos estão denunciando que a alta cúpula do empresariado do país está conspirando para organizar ações como as de 2002, que desembocaram num golpe de estado.
Publicado 13/05/2010 11:18
As denúncias indicam que um setor empresarial liderado pela Federação de Câmaras e Associações de Comércio e Produção (Fedecâmaras) está fomentando a estocagem de produtos de primeira necessidade com finalidades especulativas de preços para criar um clima de animosidade na população.
Segundo o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Desenvolvimento Social, Oswaldo Vera, a ação busca responsabilizar o governo e gerar descontentamento na população em plena campanha eleitoral. A Venezuela realizará eleições parlamentares em setembro próximo.
Vera acusou em particular o presidente da Fedecâmaras, Noel Alvarez, de tentar atrair trabalhadores venezuelanos ao seu projeto conspirativo com chamamentos ao diálogo e à aliança com a organização patronal. Para Orlando Castillo, porta-voz da Frente Socialista dos Trabalhadores, a organização empresarial está realizando uma campanha de mídia contra o governo e sua política econômica para provocar a desestabilização.
Ele denunciou que os empresários estão fazendo especulação com as divisas adquiridas no comércio exterior. Ainda segundo o dirigente sindical, a Fedecâmaras está atuando como partido político da oposição, mancomunada com a mídia e fazendo um demagógico discurso “democrático”.
Prensa Latina