Publicado 03/05/2010 09:52 | Editado 04/03/2020 16:33
Em todo o mundo, o dia 1º de maio é um marco da luta dos trabalhadores e trabalhadoras por melhores condições de trabalho, por salários mais dignos e pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários. Atualmente, a luta dos trabalhadores (as) permanece debatendo a severa relação entre capital e trabalho, que expropria do(a) trabalhador(a), sujeito direto e primeiro da produção de bens materiais e imateriais, o direito pleno de gozar dos frutos de um processo de produção coletivo, estruturado por relações sociais, econômicas, subjetivas, identitárias e culturais.
A divisão social e sexual do trabalho, em tempos de uma "nova" cultura organizacional que estimula ainda mais o individualismo como centro do sucesso humano, permanece com o mesmo conteúdo que a torna desigual. Aparta o trabalho intelectual do manual, aparta o trabalho de produção e de reprodução social, designando relações sociais de produção estruturadas por desigualdades de gênero, raça, etnia, credo, condição física e/ou orientação sexual.
Atualmente, o Brasil tem a possibilidade real de reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 semanais, elevando a qualidade de trabalho e de vida para a maioria de nossa população. No caso das mulheres, a redução da jornada ganha um caráter feminista que pode contribuir para que as trabalhadoras com carga horária formal menor tenham mais tempo para estudar, se divertir, militar politicamente e cuidar de sua própria saúde. A redução da jornada é uma medida de fundamental importância, inclusive para suscitar o debate sobre uma (re)divisão dos afazeres domésticos entre mulheres e seus companheiros.
Neste 1º de maio, continuamos firmes e prontos(as) para enfrentar todas as formas de opressão com a mobilização consciente das classes trabalhadoras em Fortaleza, no Ceará, no Brasil e no mundo.
Eliana Gomes é Vereadora de Fortaleza pelo PCdoB (artigo publicado no Jorna O Povo)
Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as opiniões do Portal Vermelho