PMA avança com projeto do aterro sanitário
A Prefeitura de Aracaju vem dando passos significativos para viabilizar a construção do Aterro Sanitário e constituir o Consórcio Metropolitano de resíduos sólidos que irá atender as cidades de Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Aracaju.
Publicado 30/04/2010 07:24 | Editado 04/03/2020 17:20
"Esse é um processo complexo que visa desativar os lixões de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão e proporcionar, num arranjo de associativismo intermunicipal, a solução para a destinação final dos resíduos gerados pelos três municípios de forma ambientalmente correta e sustentável. Em virtude da inexistência de áreas apropriadas em Aracaju e São Cristóvão, o primeiro ponto a ser confirmado pelo EIA [Estudo de Impacto Ambiental] foi a potencialidade da área da Palestina, em Nossa Senhora do Socorro", informa a presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Lucimara Passos, órgão responsável pelo projeto.
Confirmando os estudos anteriores, que já apontavam a área da Palestina como o melhor local para a implantação do Aterro Sanitário, o EIA, em fase conclusiva, aponta a inexistência de risco de contaminação do subsolo.
"No local existe a Formação Calumbi que é área predominantemente argilosa, um meio com fracas possibilidades hídricas, de importância hidrogeológica pouco significativa, e de inexpressiva contribuição para o rio através de seus exutórios. A área da Palestina é considerada de vulnerabilidade muito baixa, com relação à implantação do empreendimento proposto sobre esta unidade, há muita pouca ou nenhuma restrição, pois não apresenta risco de poluição das águas subterrâneas, já que os aqüíferos mais próximos distam cerca de 1 km", explica o geólogo José Darlan Rodrigues Ortiz.
"No momento estamos avaliando as medidas para minimizar os riscos de contaminação superficial com implantação de estação de tratamento de chorume [líquido poluente produzido pelo lixo] e outras que se mostrarem necessárias", adiciona Lucimara.
Audiência
Na tarde de terça-feira, 27, ocorreu uma audiência pública para apresentação do projeto perante a Justiça Federal, com a presença de representantes dos municípios de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, Ministério Público Federal e Estadual, Ibama, Adema e Infraero.
"Na oportunidade, solicitamos prazo de 50 dias para a conclusão do EIA/RIMA e do Projeto Executivo, em processo que trata das medidas mitigadoras nos lixões das três cidades envolvidas, sendo o mesmo deferido pelo juízo. Estamos trabalhando dentro de um cronograma com meta estabelecida para dar início à operação do Aterro no menor prazo possível, salvaguardando a qualidade técnica na implantação, a eficiência na operação e minimizando os riscos ambientais ", acrescenta.