Projeto aprovado na Câmara valoriza o Mercosul
Em meio as críticas ao Mercosul feitas pelo candidato tucano à Presidência da República, José Serra, a Câmara aprovou, nesta quinta-feira (29), acordo que valoriza o Mercosul ao reconhecer os diplomas expedidos pelos países membros – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – para o ensino de Português e Espanhol como línguas estrangeiras.
Publicado 29/04/2010 15:02
Brasileiros poderão ensinar Português nos outros países, enquanto argentinos, uruguaios e paraguaios poderão ensinar Espanhol no Brasil. O acordo estabelece que cada país deverá credenciar uma rede de instituições para a capacitação de professores com cursos de duração mínima de três anos ou 2.400 horas de estudo. E determina que o credenciamento para o ensino de português e espanhol como línguas estrangeiras não permite o ensino de qualquer outra disciplina.
A educação tem um papel central no processo de integração. O acordo demonstra preocupação dos países com o conhecimento dos idiomas do bloco. “Entender o idioma e a fala alheiros é pressuposto básico de comunicação e inclusão”, diz o parecer do relator, deputado George Hilton (PP-MG).
Ao lado dos instrumentos legais firmados entre os países para garantir a integração do Mercosul, “é relevante o aspecto do ensino do português nos países de língua espanhola e do espanhol no Brasil”, afirma o relator, que votou pela aprovação da matéria.
As críticas de José Serra ao Mercosul, dando a entender que não tem qualquer utilidade o pacto entre os países da América do Sul, foi recebido como uma demonstração de preconceito ideológico e desinformação (O que significa flexibilizar o Mercosul?)
De Brasília
Márcia Xavier