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Demora em obras para Copa-2014 preocupa Orlando Silva

O ministro do Esporte, Orlando Silva, se disse preocupado com a demora de estados, municípios e do próprio governo federal em acelerar o cronograma de obras previstas para que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil seja um sucesso.

“Tem temas como aeroportos, por exemplo, que competem exclusivamente ao governo federal, tais como garantir investimentos, obras e serviços adequados para que a copa funcione adequadamente. O alerta que faço é no sentido de acelerar obras, cumprir os prazos determinados porque minha preocupação é que o não cumprimento desses cronogramas possa repercutir nos gastos públicos”, advertiu.

Orlando Silva disse que sua expectativa é que o Paraná, formado por várias tradições culturais diferenciadas, que, no campeonato, serão representadas por vários países, tenha um papel central no evento. Ele disse que vai debater o assunto ainda hoje com o governador do estado, Orlando Pessuti e com o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci.

O governador adiantou que, no Paraná, muitas obras já estão avançadas. Os trabalhos do Comitê Executivo, que organiza as questões da Copa do Mundo, continuam a pleno vapor, conforme garantiu. No início do ano, o governo federal autorizou o repasse de quase R$ 500 milhões para o governo paranaense, recursos aprovados em forma de projetos, que darão à Curitiba e região mais mobilidade. "O Clube Atlético Paranaense já está com 70% das obras concluídas”, disse Pessuti.

Copa trará R$ 183,2 bilhões

Na última sexta-feira (23) Orlando Silva divulgou estudo sobre os impactos econômicos da realização da Copa de 2014 no Brasil. O documento foi distribuído durante Fórum Empresarial de Comandatuba, na Bahia.

Entre os anos de 2010 e 2019, o Mundial vai agregar R$ 183,2 bilhões à economia brasileira, declarou o ministro durante o evento. Serão investidos diretamente R$ 47,5 bilhões em infraestrutura, turismo e consumo. Os investimentos indiretos serão de R$ 135,7 bilhões, provenientes da recirculação de dinheiro com a realização do Mundial.

“O importante desse estudo é que, comparando com a edição da Copa da Alemanha, da Copa da África do Sul e da Copa da França, nós podemos perceber que, no Brasil, o impacto econômico vai ser mais relevante. Então a repercussão econômica da Copa da Fifa em 2014 vai ser maior em nosso país”, declarou Orlando Silva.

Em infraestrutura o impacto será de R$ 33 bilhões, sendo que 78% dos investimentos virão do setor público. Desse total, R$ 5,7 bilhões serão destinados aos estádios, R$ 11,6 bilhões à mobilidade urbana e R$ 5,5 bilhões serão aplicados em portos e aeroportos. Outras áreas que receberão recursos são: telecomunicações, energia, segurança, saúde e hotelaria.

Só com o turismo, a Copa do Mundo de 2014, vai gerar R$ 9,4 bilhões. Durante o Mundial, nos meses de junho e julho, o país receberá 600 mil turistas estrangeiros, além dos 3,1 milhões de brasileiros que vão viajar pelo Brasil. Esse número equivale a 2/3 da população da cidade do Rio de Janeiro.

Empregos, tributos e PIB

Conforme o relatório, com a realização da Copa do Mundo, serão gerados no Brasil 710 mil empregos. Desse total, 330 mil serão permanentes e 380 mil temporários. Os postos de trabalho permanentes vão aumentar a massa salarial em R$ 6,8 bilhões e os temporários em R$ 1,6 bilhão, o que vai gerar um incremento de R$ 5 bilhões no consumo das famílias brasileiras entre 2010 e 2014, o que equivale a venda de mais de 7 milhões de geladeiras.

Segundo dados do texto, o Brasil arrecadará quase R$ 17 bilhões em tributos com a realização do Mundial. Serão R$ 3,6 bilhões, entre 2010 e 2011; R$ 4 bilhões, entre 2012 e 2013; e R$ 2,9 bilhões em 2014. Esse total vai superar em 33 vezes a isenção oferecida para a Fifa, que será de R$ 500 milhões.

A desoneração fiscal dos produtos e serviços envolvidos na realização do Mundial faz parte das garantias governamentais oferecidas pelo Brasil à federação internacional. Essa exigência é feita a todos os países que realizam uma Copa do Mundo de Futebol. O impacto no Produto Interno Bruto (PIB) até 2019 será de R$ 135 bilhões porque investimentos, consumo e turismo continuam nos anos seguintes ao Mundial, segundo o documento.

Com informações do Portal Copa 2014 e Agência Brasil