Lula: Vamos dizer ao mundo e ao Irã que o limite é manter a paz
Ao anunciar nesta quinta-feira (22/4) que o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) viaja hoje a Teerã para preparar sua visita ao Irã em maio, o presidente Lula afirmou que está confiante num acordo do país persa com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e que dirá ao mundo e ao Irã que “o limite é manter a paz. Queremos ter um só discurso, uma só voz e uma só paz”.
Publicado 23/04/2010 16:49
“O Brasil defende a tese que o Irã pode produzir energia nuclear para fins pacíficos. O Brasil defende para o Irã o mesmo que está na sua Constituição”, assegurou o presidente durante entrevista à imprensa após almoço com o presidente do Líbano, Michel Sleiman, no Palácio Itamaraty. Ao ser perguntado se sua biografia poderia ficar manchada devido à posição adotada em relação ao Irã, Lula rebateu: “O risco maior seria eu me omitir.”
Sobre as garantias que o Irã oferece ao mundo de que não usará a energia nuclear para outros fins que não os pacíficos, o presidente Lula afirmou que isso estaria firmado em documento, lembrando ainda que outras potências, como China, Estados Unidos e Rússia, também produzem energia nuclear mas não asseguram seu uso exclusivo para fins pacíficos.
“É por isso que estamos fazendo esforço para tentar uma saída negociada entre o Irã e a Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse.
Lula também falou sobre o leilão da usina Belo Monte, que será construída no rio Xingu, no Pará: "Eu esses dias fiquei analisando as notícias sobre Belo Monte. Às vezes compreendia e às vezes não compreendia. Faz 30 anos que se critica todos os governos por não fazer Belo Monte. Todos os governos que vieram antes de mim foram criticados porque não fizeram a usina. Nós conseguimos no maior processo de democratização possível, derrotamos liminares, e agora, o argumento dos contra é dizer que o preço foi barato. Achei fantástico. De repente a menor oferta ganha e estão dizendo que foi empresa pequena. Há um imenso equívoco. É preciso que as pessoas conheçam o projeto".
Fonte: Blog do Planalto