Desabrigados do morro do Bumba começam a receber casas em 10 dias
Dez dias depois do deslizamento no Morro do Bumba, em Niterói (RJ), que matou pelo menos 46 pessoas e deixou dezenas de desabrigados, as famílias residentes no local que sobreviveram à tragédia receberam a notícia de que vão ganhar casas novas, sem custo algum.
Publicado 18/04/2010 14:49
O anúncio foi feito ontem (17) pelo vice-governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, que visitou o local em companhia do ministro das Cidades, Márcio Fortes. Segundo Pezão, os moradores estão sendo cadastrados neste fim de semana e, na segunda-feira (19), o governo deve determinar o local e a quantidade de unidades que serão disponibilizadas. "Nossa expectativa é que o problema seja resolvido nos próximos dez dias", informou.
Márcio Fortes completou as informações, adiantando que na próxima semana representantes do Ministério das Cidades e do governo estadual vão fazer uma inspeção em 93 casas do PAR (Programa de Arrendamento Residencial), que já estão prontas em Niterói e devem ser transferidas para o programa Minha Casa, Minha Vida para atender aos desabrigados do Morro do Bumba.
"Na quinta-feira, assinei portaria estabelecendo critérios para a transferência de unidades do PAR para o programa Minha Casa, Minha Vida, já que os dois usam recursos do Fundo de Arrendamento Residencial. Nosso objetivo é atender a essa situação de emergência, usando casas que já estão prontas ou com obras em fase de conclusão", disse o ministro.
Ele estima que 4.000 unidades do PAR serão entregues a famílias que perderam tudo com as fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro. O ministro reforçou que essas pessoas não terão que pagar pelas casas.
O trabalho de remoção da terra que deslizou no Morro do Bumba continua sem parar. Auxiliados por máquinas retroescavadeiras, equipes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e de voluntários prosseguem, dia e noite, na busca por corpos, pois moradores da região afirmam que dez pessoas ainda estão desaparecidas. Quarenta e seis corpos já foram encontrados.
De acordo com técnicos da Defesa Civil que trabalham no local, 45% da terra que deslizou já foram removidos. O entulho está sendo levado para um aterro sanitário em São Gonçalo (RJ).
Fonte: Agência Brasil