ANP inicia pesquisas na bacia do Araripe
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) inicia no final de maio pesquisas com o objetivo de identificar se o Cariri cearense possui petróleo e gás em condições comerciais de exploração.
Publicado 16/04/2010 07:48 | Editado 04/03/2020 16:33
Em março último, a diretoria da ANP homologou o resultado da licitação que escolheu a empresa que vai realizar os estudos na chamada Bacia do Araripe. A Ipex, pertencente à HRT Participações, venceu o certame e investirá R$ 3,8 milhões para fazer a análise e interpretação dos dados coletados.
Os debates sobre a possibilidade de existência de petróleo e óleo na bacia do Araripe é antiga e algumas pesquisas começaram antes mesmo da existência da ANP, que foi criada em 1993. Em junho de 2009, o senador Inácio Arruda colocou esse debate na ordem do dia e levou a Juazeiro do Norte o próprio diretor geral da ANP, Haroldo Lima, para tratar sobre assunto com professores e estudantes da Universidade Regional do Cariri (URCA), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET) – campus de Juazeiro do Norte.
Durante o debate, que aconteceu no auditório da URCA, ele informou que as bacias do Ceará e Araripe já haviam sido incluídas no Plano Plurianual de Geografia e Geofísica da ANP, com investimentos da ordem de R$ 25 milhões, previstos ainda para 2009. Já Haroldo Lima, anunciou na ocasião, a ampliação da área de estudos na região, explicando que, a exemplo de Souza, na Paraíba, onde fizeram estudos preliminares e atualmente já está em plena produção, o Cariri também mostrou potencial em análises prévias, realizadas ainda no período em que a Petrobras era responsável pelos estudos. “A bacia do Araripe está localizada numa área bastante sedimentada e pouco explorada. Não podemos ficar interessados só na idéia de grandes mananciais. Temos que entender que o setor de petróleo pode ser grande, pequeno e médio. Todos dão bastante lucro”, disse.
Agora as pesquisas vão ser realmente iniciadas, com previsão de termino para depois de seis meses após o inicio dos trabalhos. De acordo com o diretor de Relações Institucionais da Ipex, Giovanni Toniatti, os trabalhos estão em fase de definição, juntamente com a ANP, de quais serão os pontos onde serão coletadas 2.000 amostras de solo, com as quais serão feitas análises laboratoriais e interpretação de dados geoquímicos. "Este estudo visa à identificação de possíveis acumulações de hidrocarbonetos em superfície e a delimitação de áreas com maior atratividade exploratória", informa a ANP. Ao todo, uma área de 7.500 quilômetros quadrados será estudada.
Fonte: Assessoria de Imprensa com dados dos do Jornal Diário do Nordeste