Redução da Jornada: Debate reforça unidade do movimento sindical
O evento, realizado na última quarta-feira (07/04), reuniu mais de 80 representantes de centrais sindicais cearenses e técnicos do Dieese em torno do tema “Negociações coletivas em 2010: Recuperação Salarial e Redução da Jornada de Trabalho”
Publicado 09/04/2010 09:16 | Editado 04/03/2020 16:33
Mais de 80 dirigentes sindicais filiados a diferentes centrais do Ceará estiveram reunidos no último dia 07/04 (terça-feira), durante a IV Jornada Nacional de Debates, organizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com o tema “Negociações Coletivas em 2010: Recuperação Salarial e Redução da Jornada de Trabalho”, os sindicalistas discutiram as tendências de negociações coletivas no segundo semestre.
Para o presidente da CUT-CE, Jerônimo do Nascimento, o evento demonstrou que há unidade entre as centrais em torno dos temas como redução da jornada de trabalho, negociação coletiva e campanhas salariais. “É preciso valorizar a demonstração de unidade entre as centrais. Há um forte sentimento da CUT em defender a redução até o fim. E o Dieese nos oferece subsídios, com dados e estudos, para fazermos esse diálogo com a sociedade”, reforçou Jerônimo.
“Redução da jornada é um tema que consegue aglutinar todo movimento sindical. O legado que foca dessas discussões é muito grande”, avalia o supervisor técnico do Dieese, Reginaldo Aguiar. Ele lembra que a primeira jornada de debates organizada pelo Dieese ocorreu em 2008 e teve como tema a inflação. Em 2009, o tema foi “Crise internacional, conjuntura econômica e negociação coletiva”. No mesmo ano, os sindicalistas discutiram negociação coletiva em contexto de crise.
“Este ano, a discussão é realizada em um contexto especial. As negociações coletivas estão colocadas na mais favorável conjuntura dos últimos 20 anos. Temos crescimento econômico, estabilidade macro-econômica, inflação controlada e perspectivas fortes de crescimento no futuro”, analisa Reginaldo. Ele acrescenta que esse cenário traz possibilidades favoráveis para as convenções coletivas.
Fonte: CUT-CE