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Chávez: EUA não têm moral para acusar armamentismo na Venezuela

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rechaçou nesta quinta-feira as declarações feitas pelos Estados Unidos a respeito de uma suposta promoção, por parte do país sul-americano, de uma corrida armamentista na região. Chávez classificou como "estúpida" a "preocupação" expressada pelos norte-americanos por conta da aquisição, pela Venezuela, de armamento russo.

“Não sejam estúpidos, ianques. O que resta para lhes dizer é isso. Ou será que acham que nós somos estúpidos?", questionou Chávez. Segundo ele, os Estados Unidos “não têm moral” para questionar o reaparelhamento militar de seu país.

"Quem nos acusa de armamentismo? Se somamos o gasto militar de todos os países do mundo ainda ficaria abaixo do gasto militar dos Estados Unidos e eles vêm com que moral dizer que estão preocupados porque a Venezuela está se equipando"?, completou.

O venezuelano afirmou ainda que seu governo continuará equipando seu sistema de defesa até deixá-lo em um "nível operacional".

A "preocupação" dos Estados Unidos ocorre depois de o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ter afirmado, na última segunda (05), que a Rússia teria vendido mais de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 8,8 bi) em armas para a Venezuela. O páis sul-americano informou que está modernizando as Forças Armadas, como forma de proteger a soberania de seu país. Valer ressaltar que a Venezuela é quinto maior exportador mundial de petróleo.

A Rússia passou a ser o maior fornecedor de armamentos para o país governado por Chávez quando os Estados Unidos impuseram um bloqueio proibindo a venda de armas ao país, impedindo, inclusive, a venda de 24 aviões Supertucanos da Embraer para as Forças Armadas venezuelanas.

Desde 2004, a Venezuela investiu mais de US$ 4 bilhões na compra de armamentos russos. A aliança, considerada estratégica pelo governo de Caracas, permitiu a compra de 24 aviões de combate Sukhoi-30, 53 helicópteros de transporte e ataque e 100 mil fuzis de assalto.

Com agências