Atentados em Moscou já mataram 39 pessoas
Os dois atentados realizados na segunda-feira (29) no metrô de Moscou já mataram 39 pessoas. Mais de 70 ficaram feridas nos atentados e ninguém reivindicou até o momento a autoria dos ataques.
Publicado 30/03/2010 16:38
Investigadores russos acreditam que rebeldes tchetchenos participaram dos atentados.
O líder do Partido Comunista da Federação Russa, Guenadi Ziuganov, lamentando os atentados ocorridos na estação Lubianka e Park Kulturi, afirmou na segunda-feira que o estado deveria reativar a pena capital para envolvidos em casos de terrorismo.
O presidente russo, Dmitri Medviedev, premeteu "encontrar e exterminar" os que estão por trás do atentado duplo.
"A supressão do terror no país e o combate contra o terrorismo continuará. Seguiremos com as operações contra os terroristas sem vacilar, até o fim", declarou Medviédev.
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, aproveitou os atentados para vincular a luta da Rússia contra os militantes à "luta contra o terrorismo" que os Estados Unidos inauguraram em 2001.
"Enfrentamos um inimigo comum, seja no metrô de Moscou ou de Londres, nos trens de Madri ou em escritórios de Nova York. Enfrentamos o mesmo inimigo. Os extremistas que tratam de atrasar o relógio da civilização, que são nihilistas, que pervertem a religião e os valores, desgraçadamente estão atrás não apenas de americanos, mas também dos europeus, dos canadenses, das pessoas que são contra eles e que são contra aquilo que promovem", enunciou Hillary.
A secretária de Estado tenta assim atrair a simpatia do governo russo, muito embora seu país esteja ligado à criação de redes terroristas islâmicas, como a al-Qaida, surgidas durante o auxílio que a CIA promoveu a rebeldes afegãos na luta contra as tropas soviéticas que ocupavam o país nos anos 1980.
A ajuda financeira e material que os Estados Unidos proporcionaram aos rebeldes islâmicos na Ásia Central, na época, serviu para alimentar também os grupos separatistas tchetchenos na década de 1990, que foram duramente reprimidos na administração Iéltsin, em duas guerras que devastaram a pequena república autônoma encravada no Cáucaso.
De São Paulo,
Por Humberto Alencar