Jô Moraes ressalta os 88 anos do partido no Brasil
“A autocrítica corajosa e a reafirmação da perspectiva socialista do partido dá-nos a tranqüilidade de sermos a ele filiados”. Assim a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) justificou hoje (25), em discurso no tribuna da Câmara a razão de os militantes do PCdoB, seu partido, sentirem-se felizes “em tê-lo como agregador e organizador’.
Publicado 26/03/2010 18:30 | Editado 04/03/2020 16:50
O Partido Comunista do Brasil, fundado em 25 de março de 1922, tendo como base a luta por uma sociedade socialista, chega aos 88 anos com este mesmo ideal. “Não por um ato de vontade de um partido, de uma organização, mas pela necessidade deste País de atravessar o caminho do desenvolvimento. Um desenvolvimento com sustentabilidade, distribuição de renda e afirmação da democracia, porque não se transforma a sociedade num ato de um governante, mas na legítima pressão da organização e dos anseios de toda a sociedade participando”, explicou.
Pronunciamento
Eis a integra do discurso da deputada federal Jô Moraes em comemoração ao aniversário de fundação de seu partido no Brasil:
“Senhor Presidente, Deputado Marcelo Ortiz, representante do povo de São Paulo, caros Deputados e queridas Deputadas, hoje, o meu partido, o Partido Comunista do Brasil, fundado em 25 de março de 1922, completa 88 anos.A década de 20 foi transformadora. Tivemos a Revolta do Forte de Copabacana; inúmeras greves operárias que mostraram para a sociedade que havia uma nova classe, a Semana de Arte Moderna.
Em 1922, surge o Partido Comunista do Brasil. Por que nós, militantes do PCdoB, sentimo-nos felizes em tê-lo como agregador e organizador? Pela capacidade de ele, em primeiro lugar, rever a experiência socialista, analisando-a sob um ponto de vista crítico, compreendendo os limites da sua experiência e, sobretudo, reafirmando a perspectiva histórica da necessidade de uma nova classe, de uma nova sociedade, de um novo regime.
A análise autocrítica corajosa e a reafirmação da perspectiva socialista do partido dá-nos a tranqüilidade de sermos a ele filiados.Mas, há também outra compreensão sobre o Partido Comunista do Brasil. Nós compreendemos que o rumo é o socialismo, a sociedade socialista. Não por um ato de vontade de um partido, de uma organização, mas pela necessidade deste País de atravessar o caminho do desenvolvimento, um desenvolvimento com sustentabilidade, distribuição de renda e afirmação da democracia, porque não se transforma a sociedade num ato de um governante, mas na legítima pressão da organização e dos anseios de toda a sociedade participando.
Por isso, nós reafirmarmos aqui que estamos defendendo, para avançar na perspectiva do desenvolvimento do País, que nós devemos aproveitar o ano de 2010 e reafirmar o caminho hoje traçado pelo Governo do Presidente Lula, com os seus limites que todos sabemos e as suas impossibilidades, mas com a perspectiva de esperança de saber que, nesse ambiente democrático que possibilita o desenvolvimento e a organização da sociedade, chegamos mais adiante, porque os trabalhadores precisam de uma nova sociedade, uma sociedade socialista.
Muito obrigada”.
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